24/Apr/2024
Nas regiões produtoras, os agricultores apressam a venda de suas produções, com receio de maiores quedas dos preços, em vista do avanço da colheita a partir deste mês de abril. Contudo, nota-se um mercado bastante favorável para os melhores tipos, a diferença de preços entre o produto extra novo nota 9,5 e o comercial nota 8,0 é de R$ 105,00 por saca de 60 Kg. O 7º Levantamento para Acompanhamento da safra 2023/2024, divulgado no dia 11 de abril pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estimou-se para a 2ª safra, na Região Centro-Sul do País, uma redução de 6,4% na área plantada, quando comparada com a safra anterior, e uma produção inferior em 9,3% a colheita registrada em 2023. Por outro lado, na Região Norte/Nordeste observa-se aumento no plantio em 5,2%, mas, em contrapartida, uma produção abaixo em 7,0% ante a registrada na safra anterior.
Apesar do controle da oferta contribuindo para a manutenção dos preços nessas três últimas semanas, a expectativa de aumento nas ofertas com o avanço da colheita no Paraná pode resultar em instabilidade no mercado, principalmente para o feijão comum preto. Na Região Centro-Sul do País, a 1ª safra está encerrada. Quanto à 2ª safra, o plantio está concluído e as lavouras se encontram desde o estágio de desenvolvimento vegetativo a colheita. No Paraná, a produção da 2ª safra anteriormente estimada em 180,0 mil toneladas, passou para 227,6 mil toneladas, em função de algumas áreas que estavam reservadas para o plantio da soja, mas que devido ao atraso e risco, foram ocupadas pelo feijão. O clima observado na Região Sul do País, até o momento, está favorecendo o início da colheita e beneficiando as lavouras que estão em enchimento de grãos e maturação, criando a expectativa de uma boa colheita.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), 95% da produção do Paraná oriunda da 1ª safra e 2% da 2ª safra foram comercializadas pelos produtores. Cerca de 6% da área foi colhida, e as lavouras se encontram nas seguintes condições: 5% ruins, 21% médias e 74% boas, e nas seguintes fases: 4% em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração, 50% em frutificação e 26% em maturação. Para o feijão preto, o mercado permanece calmo e bem ofertado, tanto no disponível quanto para embarque. O cultivo se encerra na 2ª safra, ou safra da seca, onde se espera uma produção de 566,9 mil toneladas, 70,6% acima do volume registrado na safra anterior. Desta forma, considerando o baixo interesse nas aquisições, o avanço da colheita no Paraná e o volume previsto de produção, a tendência é de alterações negativas nos preços. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.