18/Out/2021

O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), lançou na sexta-feira (15/10) as primeiras variedades de batatas coloridas desenvolvidas no Brasil, com casca e polpa coloridas. Foram apresentadas a IAC Turmalina, com casca roxa e polpa em anéis mesclados de roxo e branco, e a IAC Granada, com casca vermelho intenso e polpa em anéis mesclados de vermelho e branco. As duas novidades já estão sendo cultivadas por pequenos e médios produtores, inclusive em sistema orgânico.

O produto tem sido vendido por até R$ 10,00 por Kg, valor dez vezes maior que o da batata convencional. Também foram lançadas outras duas variedades de batata convencional, a IAC Obelix e a IAC Axel, ambas com alta resistência fitossanitária e elevada produtividade, além de tubérculos grandes e com formato que agradam à indústria e ao consumidor. Com as duas variedades coloridas, o objetivo do IAC é atender a pequenos e médios produtores no sistema tradicional e orgânico, que já têm apresentado um retorno muito positivo sobre esses novos materiais.

Além do alto valor agregado, que multiplica por dez o preço do quilo, comparando-o ao da batata convencional, a alta procura tem deixado os interessados à espera de maior volume de produção. Na cadeia de batata, não adianta o pesquisador achar que a variedade é boa, o consumidor e, sobretudo, o produtor tem que gostar do material, por isso são realizados testes com os agricultores antes do lançamento. Na América Latina, as batatas coloridas são consumidas em países como Peru, Colômbia e Chile. Os peruanos consomem com casca, que são apenas lavadas e não retiradas.

No Brasil, não há esse hábito, mas podem ser consumidas com a casca. O mercado nacional está ávido por batatas coloridas. O Instituto Agronômico iniciou a pesquisa com batatas coloridas em parceria com a APTA Regional de Mococa, em 2009. Na ocasião foram importadas 14 variedades do Centro Internacional de Batatas, no Peru, onde está o maior banco de germoplasma da espécie do mundo. A importação foi feita via Quarentenário do IAC. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.