10/Jan/2022

A falta de chuvas deve reduzir em 40% a colheita de uva na safra 2021/2022 no Rio Grande do Sul. A produção deve chegar a 500 mil toneladas da fruta, ante as 850 mil toneladas colhidas no último ano, segundo o Conselho de Planejamento e Gestão dos Recursos para o Desenvolvimento da Vitivinicultura no Estado (Uvibra-Consevitis-RS). Mesmo os vinhedos que receberam alguma quantidade de chuva perderam qualidade e volume. No início de dezembro, quando a seca já preocupava, a queda de produção era estimada em 25%. Todos os vinhedos foram afetados, então não teremos bons produtos derivados das uvas colhidas neste quadro de seca.

O Rio Grande do Sul é responsável por 50% da produção nacional de uvas, com mais de 46 mil hectares destinados ao cultivo. As parreiras têm produção perene, ou seja, são plantadas uma única vez e geram frutos ciclicamente durante o tempo de vida da planta. No caso das uvas, a produção tem início entre dois e três anos após o cultivo, se estendendo por mais de 20 anos. Com o agravamento da seca na região, os vinhedos já registram morte de algumas plantas - o que prejudicará também as safras dos próximos anos. A falta de umidade não permite que as parreiras transformem os ácidos do fruto em açúcares, resultando em uvas mais amargas. Em alguns casos, não rende polpa nenhuma, então também não tem utilidade industrial para sucos e vinhos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.