03/Fev/2022
De acordo com levantamento anual realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgado na terça-feira (1º/02), a ocorrência da Clorose Variegada dos Citros (CVC), que já foi considerada a doença mais severa da citricultura, continua em queda no cinturão citrícola (São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro), seguindo a tendência dos últimos anos. No início dos anos 2000, a incidência chegou a 46,8%. Agora, está presente em apenas 0,46% das laranjeiras, número cem vezes menor e que corresponde a aproximadamente 890 mil plantas. Em 2020, o índice era de 1,04%; e, em 2019, 1,71%.
Destaca-se a importância de todo o conhecimento adquirido nos últimos anos e das rigorosas medidas de manejo adotadas pelos citricultores para o controle da doença. Este é o menor índice de CVC dos últimos 20 anos, o que deve ser considerado um caso de sucesso e um exemplo a ser seguido no manejo do greening (doença que, em 2021, atingiu o maior nível já registrado no cinturão citrícola desde 2004, com 22,37% das laranjeiras doentes). Também conhecida como "amarelinho", a CVC provoca o amadurecimento precoce e a redução acentuada do tamanho dos frutos, que podem perder até 75% de seu peso, levando à diminuição da produtividade.
O baixo índice de CVC é resultado de uma série de fatores. O uso de mudas sadias, o bom controle das cigarrinhas vetoras da CVC, que é feito com os mesmos inseticidas que controlam o inseto vetor do greening, o psilídeo, e a extensa eliminação de plantas doentes são os principais responsáveis pela redução da doença. Na maior parte das plantas com CVC, os sintomas estavam nos estágios iniciais. Como as perdas por conta da doença estão associadas à severidade dos sintomas, as perdas atribuídas à CVC devem ser, na média, muito baixas no parque citrícola na safra 2021/2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.