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14/Fev/2022

Hortícolas e Frutas: clima adverso afeta produção

Nos últimos 12 meses, importantes regiões produtoras de frutas e hortaliças enfrentaram secas, geadas e, agora em janeiro, chuvas muito acima da média histórica. A adversidade mais recente está em parte relacionada ao fenômeno climático La Niña, que está atuando no Brasil desde o final do ano passado e tem provocado excesso de chuvas no Nordeste e precipitações abaixo da média e/ou irregulares na Região Sul do País.

Esse cenário tem influenciado negativamente a produção de HFs e pode, inclusive, resultar em queda na exportação de frutas. Isso porque as chuvas acima da média na Região Nordeste têm desfavorecido a qualidade de frutas que são produzidas para venda externa, como é o caso da uva, no Vale do São Francisco. E, na Região Sul do Brasil, o volume irregular de chuvas pode limitar o desenvolvimento da maçã para exportação.

Além da qualidade, a alta umidade tende a diminuir a produtividade e levar a perdas, o que, por sua vez, causa prejuízos no campo, mesmo diante de possíveis altas nos preços, por conta da menor oferta. O clima desfavorável (com excesso ou falta de chuvas) também aumenta a necessidade de intensificação de cuidados fitossanitários preventivos e, consequentemente, amplia o custo médio de produção, que, vale lembrar, já está elevado por conta da forte valorização dos insumos.

Na Região Sul, embora as chuvas abaixo da média causem alguns danos à produção e receios de falta de água para irrigação, em muitos casos, registra-se aumento da produtividade frente a anos em que o regime pluviométrico ocorre dentro ou acima da média no período. Isso porque chuvas volumosas tendem a prejudicar mais a produção do que o clima seco, especialmente quando se levam em conta áreas irrigadas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.