25/Abr/2023
Os preços do cacau na Bolsa de Nova York atingiram seu valor máximo em seis anos e meio, a US$ 3.000,00 por tonelada, enquanto na Bolsa de Londres o valor alcançou quase 2.300 euros por tonelada. O principal motivo por trás da alta é a previsão de aperto na oferta. Na Bolsa de Nova York, os futuros já subiram 16% desde o início do ano. A Organização Internacional do Cacau (ICCO) prevê um déficit de oferta de 60 mil toneladas na atual safra, depois de já ter registrado um déficit considerável de 287 mil toneladas no ano passado.
No entanto, é possível que o déficit este ano seja ainda maior. Isso porque, apesar dos números de moagem no primeiro trimestre na Ásia terem se mostrado 4% maiores do que no período equivalente em 2022, enquanto a moagem na Europa atingiu seu nível mais alto em um primeiro trimestre desde pelo menos 1999, na América do Norte, o resultado caiu 4,4%. Até agora, a ICCO tem assumido que a moagem de cacau no ano-safra como um todo cairá 0,6%. Na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, as notícias também são positivas para os preços. Os produtores locais relataram chuvas insuficientes. Se tal condição persistir, pode ocorrer o fim prematuro da metade da safra, que vai de abril a setembro.
Além disso, também pode haver deficiências de qualidade e problemas de tamanho com os grãos de cacau, resultando em rejeição pelos compradores. A chegada de cacau aos portos da Costa do Marfim desde o início da colheita em outubro já está abaixo do nível do ano passado em uma base acumulada. Parece ser apenas uma questão de tempo até que o preço do cacau atinja e exceda a marca de US$ 3.000,00 por tonelada. A última vez que isso ocorreu foi em agosto de 2016. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.