23/Jan/2024

De acordo com o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) 2024, divulgado nesta segunda-feira (22/01) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), batata, cebola e tomate ficaram mais caros nos principais mercados atacadistas analisados pela em dezembro. O estudo faz uma análise dos preços de frutas e hortaliças em dezembro em dez Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País. A alta da batata foi de 20,37% na média ponderada. Foi o terceiro mês consecutivo de elevação nos preços. Em dezembro, o suprimento dos mercados é realizado apenas pela safra das águas, pois a de inverno já praticamente encerrou sua oferta. A safra das águas sozinha no mercado não foi ainda suficiente para provocar queda de preço. Deve-se lembrar que outro fator de pressão sobre os preços é a maior demanda por batata, provocada pela sua utilização nos pratos típicos das festas de fim do ano.

O preço do tomate subiu 10,33% na média ponderada de dezembro ante novembro. Após a colheita intensa, no fim da safra de inverno e ainda no início da safra de verão, ocorre a menor quantidade do fruto em ponto de colheita e os preços são pressionados para cima. Os preços da cebola subiram 3,75%. A cenoura também apresentou alta, de 18,78%. O preço da alface teve queda média de 18,0%. O resultado foi puxado pela diminuição dos preços no mercado atacadista de São Paulo (-29,69%) e pela queda de preço na Ceasa Rio de Janeiro (-11,21%). Entre as frutas, os preços da melancia lideraram a alta em dezembro, com queda na sua comercialização por causa da restrição da oferta nas principais regiões produtoras e à boa demanda. A alta foi de 18,24% na média ponderada. A alta nos preços foi de 10,50% para a laranja, 7,80% para a banana, 6,40% para o mamão e 5,08% para a maçã.

Em 2023 foi exportado pouco mais de 1,11 milhão de toneladas de frutas, alta de 5,9% em relação ao ano anterior. O faturamento foi de US$ 1,338 bilhão, 23,5% acima em relação a 2022. Os principais Estados exportadores foram Rio Grande do Norte (25%), Pernambuco (19%), Bahia (18%), São Paulo (13%) e Ceará (11%). As principais frutas exportadas foram mangas, limões e limas, melões, uvas e melancias, sendo que os envios externos em relação a igual período do ano anterior aumentaram para limões e limas, mangas, melões, maçãs, abacates, uvas e melancias, e diminuiu para banana e mamão. Esse resultado ocorreu por causa, principalmente, do tempo mais propício, que contribuiu para o crescimento da produtividade; maiores investimentos em algumas culturas, melhores condições logísticas; problemas climáticos em alguns países produtores (como Peru, Equador e Espanha); os ganhos de aprendizagem e experiência dos produtores e a tecnificação da produção; e, principalmente, a menor concorrência externa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.