07/May/2024
Segundo levantamento da Emater-RS, as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul provocam perdas na produção de frutas e hortaliças. Entre as principais culturas afetadas estão rúcula, alface, repolho, cenoura, beterraba, mandioca, cebola e morango. Além da maior propagação de doenças por conta da umidade elevada, as condições prejudicam o desenvolvimento das plantas. Com isso, os agricultores enfrentam duplo impacto: aumento de custos e perda de produtividade. No caso da mandioca, cuja colheita está em andamento, o solo encharcado tem provocado o apodrecimento das raízes em regiões como Bagé, onde o acumulado de chuvas dos últimos dois meses ultrapassa os 500 milímetros.
Em algumas localidades, está sendo observada a ocorrência de bacteriose nas áreas de produção de mandioca. O solo úmido também prejudica as lavouras de cebola. Em Caxias do Sul, os produtores relataram problemas com germinação e a emergência das mudas recém-plantadas. Com isso, a expectativa de intenção de plantio para a safra 2024/2025 é de redução da área a ser cultivada. Em Santa Rosa e Pelotas, o tempo chuvoso também tem prejudicado o plantio de hortaliças e em Soledade a queda na oferta já tem afetado o preço para o consumidor. Na Ceasa local, o tomate longa vida registrou aumento de 36,84% em uma semana, cotado a R$ 6,50 por Kg no dia 30 de abril. A batata subiu 60% no mesmo período, cotada a R$ 6,40 por Kg.
Na fruticultura, as chuvas têm prejudicado o plantio de morango na região de Santa Rosa. Essas plantas estão sendo afetadas pelo tempo nublado e úmido, provocando muito estiolamento e exigindo poda constante. Também está ocorrendo ataque de pulgão e de lagarta-desfolhadora nas plantas, exigindo controle. Também há impactos registrados na citricultura, atualmente em fase de maturação. Há grande número de plantas cítricas com reduzida carga de frutos, que também se apresentam pequenos em função do excesso de chuva e do posterior granizo em novembro, além de intenso ataque de cochonilha e ácaro. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.