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18/Jul/2024

Cacau: novo foco de monilíase do cacaueiro no AM

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, no dia 2 de julho, a ocorrência de um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, no Amazonas. A suspeita de ocorrência da praga foi verificada no dia 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e confirmada por meio de análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO). Medidas emergenciais foram discutidas e implementadas em conjunto com autoridades locais, antes mesmo da confirmação oficial da doença. Foi procedida a interdição imediata da propriedade afetada para evitar qualquer propagação da praga, implementadas técnicas de erradicação para eliminar a monilíase na propriedade foco e proibição do trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões.

Ainda com objetivo de evitar a dispersão da praga para as áreas que ainda não tem presença da doença, foram aumentadas as fiscalizações do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da monilíase. A fiscalização sobre o trânsito de vegetais foi elevada e iniciadas campanhas de conscientização e treinamento em Urucurituba e em 10 municípios vizinhos entre Itacoatiara e Parintins na divisa com o Pará, maior produtor de cacau do País, que estão em plena execução. Outra ação coordenada pelo Mapa para reforçar a vigilância e o controle fitossanitário é a prorrogação da declaração de emergência fitossanitária para os estados do Acre, Rondônia, Amazonas e inclusão do estado do Pará em virtude do aumento do risco fitossanitário. Também já foi encaminhado ao governo do Amazonas o pedido de restrição da emissão de notas fiscais interestaduais de amêndoas de cacau provenientes do Estado. A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

Devido ao seu potencial de danos, é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do País às autoridades fitossanitárias locais. A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana. O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul (AC). Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez, em comunidades rurais ribeirinhas. Ambos os Estados se encontram sob ações permanentes de controle, com vistas à sua erradicação. Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.