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06/Aug/2024

Cacau: preços globais dispararam em 12 meses

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), a elevada demanda global somada à menor oferta mantêm os preços do cacau em alta. O cacau apresentou safra global menor que o previsto, em virtude de intempéries climáticas, e acumula valorização expressiva no último ano. O preço da amêndoa no mercado interno disparou, alcançando o recorde de R$ 55.580,00 por tonelada em junho deste ano, aumento anual de 282,2%. Na comparação mensal, as cotações do cacau no mercado nacional avançaram 19,9%.

A produção brasileira deve alcançar 294,5 mil toneladas na safra 2023/2024, 1/3% mais que na temporada anterior, puxada por condições climáticas favoráveis. A colheita na Bahia e no Pará está avançando bem, com 85% da área colhida até o final de junho. As chuvas regulares durante o período de desenvolvimento dos frutos favoreceram a qualidade e o rendimento da safra. O Brasil ainda é importador líquido da commodity. No mercado internacional, considerando a média dos futuros do cacau negociados na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Londres, os preços do cacau subiram 160,7% em um ano e 9,7% em um mês, chegando a R$ 44.573,00 por tonelada.

Diferentemente da safra nacional, a produção de cacau mundial é pressionada pelos problemas climáticos reportados na África Ocidental, o que reflete em menor produção. Essa conjuntura aliada à crescente demanda global pela amêndoa impulsionaram os preços do cacau no último ano. O levantamento mensal da Abia acompanha a evolução de abastecimento, disponibilidade e preço das principais matérias-primas agrícolas utilizadas nas operações da indústria de alimentos e bebidas. A indústria de alimentos processa aproximadamente 60% da produção agropecuária brasileira e produz 270 milhões de toneladas de alimentos por ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.