26/Aug/2024
Segundo o Commerzbank, uma revisão para baixo na produção de cacau de Gana, segundo maior produtor mundial, impulsionou os preços do cacau na semana passada. As cotações da amêndoa na Bolsa de Nova York chegaram a alcançar US$ 7.915,00 por tonelada no período, enquanto no início de agosto estavam em US$ 6.600,00 por tonelada, mínima em seis meses, devido à perspectiva de uma melhor colheita em 2024/2025. O principal fator de impulso para os preços foi a revisão por parte do órgão regulador de cacau de Gana de uma expectativa de produção 20% menor, para 650 mil toneladas. A colheita dificilmente seria, portanto, melhor do que a da temporada 2023/2024, que está chegando ao fim.
A Organização Internacional do Cacau (ICCO) espera apenas 580 mil toneladas para esta temporada, a menor em 20 anos. A colheita na Costa do Marfim, maior produtor global, também foi fraca neste ano agrícola. A ICCO prevê uma queda de quase 20% em relação ao ano anterior. Com isso, o mercado de cacau também deverá registrar um déficit recorde de 374 mil toneladas na safra 2023/2024. Em virtude dos robustos números de moagem do segundo trimestre, o déficit de oferta poderá até ser levemente maior. A expectativa do banco é de que os preços continuem em alta. A ICCO publicará novas previsões no fim desta semana. As previsões para a safra 2024/2025 da organização deverão ser divulgadas apenas daqui a seis meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.