04/Oct/2024
De acordo estimativa da StoneX, a produção global de cacau deve registrar o primeiro superávit em três anos na temporada 2024/2025, com uma oferta excedente de 166 mil toneladas. A recuperação produtiva vem após um déficit de 593 mil toneladas registrado em 2023/2024, que levou a relação estoque/demanda para 27,2%, o menor nível desde 1976/1977. As expectativas para 2024/25 são mais positivas, apesar dos desafios estruturais enfrentados pelos produtores.
Além das condições financeiras favoráveis aos produtores, que têm se beneficiado de preços mais elevados e aumentado seus investimentos em manejo e fertilização, relatos de produtores do oeste da África indicam bom desenvolvimento da safra, apesar do clima mais seco entre os meses de junho, julho e agosto. Na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, a produção está prevista para atingir 1,95 milhão de toneladas, um aumento de 12,1% em relação à temporada anterior, embora ainda 6,7% abaixo da média das últimas cinco safras.
Em Gana, segundo maior produtor global, a produção deve crescer 33%, alcançando 600 mil toneladas, com a redução no volume de cacau contrabandeado, que foi estimado em 160 mil toneladas em 2023/2024, segundo o Conselho de Cacau de Gana. Outros países produtores, como o Equador, também esperam uma melhora na produtividade, impulsionada por um cenário global mais favorável para investimentos.
A moagem global de cacau deve alcançar 4,609 milhões de toneladas, enquanto os estoques mundiais podem chegar a 1,458 milhão de toneladas, elevando a relação estoque/demanda para 31,7%, conforme a demanda continua em queda. A recuperação esperada na produção em 2024/2025 é influenciada pelas melhores condições climáticas e pelo aumento nos preços da commodity e representa uma inversão importante no mercado de cacau, após três anos de déficits consecutivos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.