22/May/2025
O Ministério da Agricultura confirmou, na terça-feira (20/05), o primeiro foco da praga vassoura-de-bruxa da mandioca (Ceratobasidium theobromae) no estado do Pará. O fungo foi registrado na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no extremo norte do município de Almeirim, próximo à fronteira com o Suriname. Anteriormente, a doença já havia sido registrada pela primeira vez no País em 2024, em terras indígenas do Oiapoque. Até o momento não há registro em lavouras comerciais. O foco da doença, altamente destrutiva para lavouras de mandioca, foi encontrado em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. A região está distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por meio de voos fretados.
A descoberta do fungo ocorreu após inspeção realizada em 28 de abril por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá, após recebimento de denúncia. As plantas com sintomas suspeitos estavam na Aldeia Bona. Duas amostras de material vegetal foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório. A vassoura-de-bruxa da mandioca não tem relação com a praga do cacaueiro. A doença causa ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos e finos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas. A dispersão ocorre principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já havia citado a vassoura-de-bruxa da mandioca como uma das emergências sanitárias enfrentadas atualmente pelo setor agropecuário brasileiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.