09/Jun/2025
A Coopercitrus está em tratativas com o governo de Minas Gerais para replicar o modelo de financiamento já em operação em São Paulo voltado a pequenos e médios produtores, via Desenvolve SP. A iniciativa tem como foco projetos ligados à irrigação, drones para pulverização e agricultura de precisão, ferramentas que vêm ganhando protagonismo diante das mudanças climáticas e da necessidade de eficiência no campo. A cooperativa já atende 35 produtores nesse início de projeto, principalmente com foco em irrigação, usando 100% de água de chuva armazenada, sem impacto ambiental.
Com cerca de 42 mil cooperados (dos quais 90% são de pequeno ou médio porte), a Coopercitrus já teve conversas em Minas Gerais, que envolveram reuniões com a Secretaria de Desenvolvimento e a Secretaria da Agricultura, com base na experiência acumulada em São Paulo. A expectativa é que os projetos comecem ainda nesta safra, seguindo uma lógica de construção gradual. É um modelo inovador com garantia de crédito. Muitas linhas disponíveis para pequenos produtores não são utilizadas porque falta quem desenvolva os projetos.
Em paralelo, a Coopercitrus pretende escalar os projetos em São Paulo ainda neste ano-safra. Com um tíquete médio entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, os financiamentos já somam R$ 12 milhões em desembolsos. O contrato firmado prevê um total de R$ 200 milhões em recursos. A meta da cooperativa é dobrar o número de projetos até a Coopercitrus Expo, que ocorre entre os dias 21 e 25 de julho. A previsão é chegar a 70 projetos até a feira.
Durante o evento, além de apresentar os avanços do programa de financiamento, a cooperativa também lançará uma nova solução biotecnológica contra o greening, doença que afeta os pomares de citros. É uma solução inovadora que pode ajudar a salvar pomares ameaçados por uma doença que praticamente acabou com a laranja na Flórida (EUA). Com atuação em outros Estados, como Goiás, a Coopercitrus vê potencial para levar o modelo de financiamento adiante, utilizando recursos de Fiagros e fundos de fomento com taxas mais acessíveis. Mesmo com Selic alta, é possível trabalhar com spreads menores, o que alivia o produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.