09/Jun/2025
Segundo a CS Infra, o capital privado representa 78% dos R$ 260 bilhões aplicados em infraestrutura no Brasil em 2024, ante 30% registrados em 2014. Essa transformação resulta dos avanços regulatórios recentes. O grande motivo é a evolução das garantias jurídicas e contratuais para os investidores. Agora, há marcos regulatórios e segurança jurídica. Entre os principais estão a lei do saneamento, modernização das licitações e atualização da legislação de Parcerias Público-Privadas (PPPs). A rodovia Transcerrados, no Piauí, projeto de 600 Km de rodovias que visa escoar a produção de grãos da região dos Cerrados, é um exemplo.
A rodovia registrou crescimento de 20% no tráfego após receber R$ 350 milhões e reduziu em torno de 50% os custos de transporte dessa região. O projeto combina pedágio com contraprestação pública quando a arrecadação fica abaixo do esperado. Esse modelo de "infraestrutura antes da demanda" deveria ser ampliado para outras regiões. A grande transformação para a infraestrutura brasileira é desenvolver as parcerias público-privadas onde a gente ainda não tem demanda, onde o projeto ainda não tem a capacidade de se pagar. Projetos desse tipo deveriam estar em vários outros Estados.
O setor prevê R$ 450 bilhões em novos aportes entre 2025 e 2030, distribuídos entre rodovias, portos, ferrovias e mobilidade urbana. O Brasil destina 2,2% do PIB para infraestrutura, percentual inferior ao de países como Chile (12,8%) e China (6,5%). A viabilidade das parcerias público-privadas de longo prazo, contudo, depende de estabilidade contratual. Projeto de longo prazo, muda governo, muda visões, mas o setor privado está assinando um contrato com o público, independente de quem está governando. As garantias precisam ser robustas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.