13/Jun/2025
O agronegócio brasileiro, que já há alguns anos vem registrando balanços positivos, em está passando por mais um momento de crescimento expressivo. De acordo com a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a projeção é de uma alta de 2,3% no PIB em 2025, estimulada pelo mercado agrícola. A estimativa é de safra recorde de grãos este ano, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nesse cenário, empresas de tecnologia têm papel fundamental no impulsionamento esses números. Segundo a InfoWorker, a tecnologia no agronegócio deixou de ser tendência e se tornou urgência. A digitalização não é apenas uma nova modalidade, mas uma necessidade do próprio setor. Segundo a pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, realizada pela SAE Brasil, 44% dos produtores entendem que a adoção de novas tecnologias é necessária para melhor performance, ganhos de produtividade e redução de custos. A adoção de novas tecnologias como uma solução para reduzir a escassez de mão-de-obra no campo.
Essa necessidade fica mais clara quando se compara os censos Agropecuário de 2006 e de 2017. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de tratores no campo aumentou 49% nesse tempo, enquanto a população rural diminuiu cerca de 1 milhão e meio no mesmo período. Nesse cenário em que o setor cresce enquanto a mão de obra diminui o investimento em tecnologia é indispensável para equilibrar essa discrepância. Apesar dos desafios, o futuro do agronegócio é promissor, principalmente se estiver aliado à tecnologia. É preciso pensar em soluções que dialoguem com a realidade dos produtores e que supram necessidades. Tecnologia boa é aquela que melhora a vida de quem está no campo todos os dias, não apenas de grandes produtores. O agronegócio tem se estruturado cada vez mais como um modelo empresarial. Essa transformação tem gerado empregos e áreas como finanças, tecnologia, recursos humanos e gestão, estão ganhando protagonismo dentro das empresas do setor.
A sustentabilidade econômica, portanto, está sendo viabilizada pelo aumento da produtividade e da eficiência operacional, proporcionados pelo uso de tecnologias, além da valorização de empregos mais especializados, que agregam maior valor ao negócio e aos trabalhadores. As tecnologias mais demandadas atualmente no campo são as voltadas à automação e ao monitoramento de processos. Sistemas capazes de automatizar tarefas, controlar remotamente máquinas, monitorar lavouras e animais em tempo real, e prever falhas ou perdas são os grandes destaques. A principal característica dessas tecnologias é o foco na redução de custos, na prevenção de perdas e no ganho de produtividade. A automação não visa necessariamente substituir a mão de obra, mas sim tornar a produção mais eficiente e precisa, gerando maior competitividade para o setor. Produzir em larga escala, como exige o agronegócio brasileiro, não é viável sem o uso intensivo de tecnologia.
A competitividade do setor depende diretamente da automação e da digitalização dos processos. Não se trata apenas de uma escolha estratégica, mas de uma necessidade imposta pelo mercado e pela escassez de mão de obra qualificada. Além disso, o perfil dessa mão de obra também mudou. Agora é necessário investir em profissionais especializados, capazes de operar e interpretar essas novas ferramentas tecnológicas. A formação dessa nova mão de obra é um dos maiores desafios atuais do setor. O déficit de profissionais qualificados é significativo, especialmente em regiões fora dos grandes centros urbanos. Embora a oferta de cursos técnicos e de graduação em áreas ligadas à tecnologia esteja em crescimento, ainda não é suficiente para atender toda a demanda do agronegócio. O setor ainda está em processo de adaptação, e levará anos até que haja um equilíbrio entre oferta e demanda por esses profissionais especializados. Investimentos em qualificação, parcerias com instituições de ensino e programas de formação in company são caminhos essenciais para enfrentar esse desafio. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.