09/Jul/2025
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de junho de 2025 fechou em 1,26, alta de 4,8% em relação ao mês anterior (1,20). Quanto mais alto o indicador, pior a relação de troca para o produtor rural. O avanço do indicador reflete um cenário global marcado por tensões geopolíticas e instabilidade nos mercados de insumos agrícolas. Os preços dos fertilizantes subiram, em média, 3,7% no mês, com destaque para a ureia, que avançou 9%. Também registraram aumento o fosfato (4%), o superfosfato simples (2%) e o cloreto de potássio (1%).
Do lado das commodities agrícolas, houve retração média de pouco mais de 1%. A soja teve alta de 3% e o algodão ficou estável, mas a queda de quase 7% no milho e de cerca de 5% na cana-de-açúcar pressionaram a média para baixo. A desvalorização está diretamente ligada ao bom andamento do plantio de soja e milho nos Estados Unidos, que segue com perspectivas positivas, além da colheita da 2ª safra de 2025 no Brasil, que tem mostrado bons resultados, especialmente na Região Centro-Oeste. A Mosaic chama a atenção para o frio intenso registrado no final do mês, que afetou algumas regiões produtoras no Sul do País.
Com a elevação do IPCF, a recomendação é de que o momento de compra seja avaliado com cautela. Cerca de 25% do mercado de fertilizantes para a safra de verão (1ª safra 2025/2026) ainda não foi negociado. É fundamental que as decisões sejam tomadas com antecedência, evitando deixá-las para o último momento e, assim, reduzindo potenciais gargalos logísticos. O IPCF considera a relação entre os preços dos fertilizantes (MAP, SSP, ureia e KCl) e os preços das commodities (soja, milho, açúcar, etanol e algodão), ponderado também pelo câmbio. Fonte: Mosaic. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.