11/Aug/2025
A Kepler Weber tem intensificado sua presença comercial na Argentina, país que já é responsável por mais de 30% das vendas contratadas do segmento de Negócios Internacionais da companhia no primeiro semestre de 2025. Após um longo período de retração nas exportações, a empresa voltou a atuar no mercado argentino em 2024, diante da abertura de condições de pagamento internacional e da retomada econômica local. "O que a gente vê é a Argentina saindo de zero dos nossos negócios internacionais há dois anos, para mais de 30% já nesse primeiro semestre", disse o CEO Bernardo Nogueira. Segundo ele, a proximidade geográfica com a unidade de Panambi (RS), a 200 quilômetros da fronteira, e a presença histórica da marca na região fortalecem a competitividade da Kepler no país. "A gente tem a faca e o queijo na mão para aproveitar essa retomada do país."
A companhia destaca ainda a existência de centenas de clientes com atuação consolidada nas cadeias de arroz, trigo e soja. De acordo com Nogueira, a Argentina passou por um período de estagnação tecnológica, o que abre espaço para modernização da infraestrutura de armazenagem. "A Argentina ficou anestesiada durante 20 anos praticamente. Você viaja pela Argentina, os caminhões são antigos, as unidades são antigas, é tudo bastante deteriorado." A melhora na previsibilidade cambial e a possibilidade de remessas ao exterior têm facilitado a retomada de negócios. "A possibilidade de fazer pagamentos para fora da Argentina, que é o que estava travando para valer, está se abrindo", afirmou o executivo. Ele também ressaltou vantagens estruturais do agronegócio argentino, como logística mais eficiente e disponibilidade de gás natural em propriedades rurais.
"A gente visitou fazendas que precisam secar arroz, por exemplo, e têm gás encanado na fazenda." A Kepler não planeja, neste momento, instalar fábrica ou centro de distribuição no território argentino. O foco está na expansão da equipe e no aumento da presença técnica e comercial. "É uma presença mais comercial de negócios e de, eventualmente, implantação dos projetos, montagem em si dos equipamentos", comentou. No segmento de Reposição e Serviços, a Argentina ocupa a segunda posição entre os mercados internacionais da companhia, com destaque para vendas de peças e elevadores. O reforço da estrutura local é considerado essencial para capturar a oportunidade. "A Argentina e Mato Grosso têm mais ou menos o mesmo tamanho de safra. Em Mato Grosso, a gente tem 17 pessoas fazendo essa cobertura de mercado. Na Argentina, a gente tem três", comparou Nogueira. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.