19/Aug/2025
Segundo a Datagro, o Brasil importou, em julho, o maior volume de fertilizantes do ano, de 4,79 milhões de toneladas. Os dados são do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado representa alta de 15,6% em relação a junho e de 7,1% frente ao mesmo mês de 2024, estabelecendo um recorde histórico para o mês de julho. No acumulado de 2025, as importações brasileiras de fertilizantes somam 24,2 milhões de toneladas, aumento de 8,8% em comparação com 2024. As incertezas geradas pelo conflito no Oriente Médio e as tensões com a escalada da guerra tarifária conduzida pelos Estados Unidos são fatores para a antecipação das compras.
Os agricultores latino-americanos podem enfrentar dificuldades caso os Estados Unidos ampliem sanções a importadores de fertilizantes russos, que são insumos essenciais para ganhos de produtividade em culturas como por exemplo abacate no México, café e frutas na Colômbia, e soja e milho no Brasil. Os números de julho já indicam um movimento de antecipação, e, com a maior demanda, os preços atingiram novos patamares de equilíbrio. O preço médio CIF de compostos NP é de US$ 570,87 por tonelada, alta de 13,2% sobre junho e de 15,9% no comparativo anual. A ureia CIF avançou 7% no mês, para US$ 427,37 por tonelada.
MAP e KCl subiram entre 5% e 6% frente a junho. Em relação a julho de 2024, a ureia acumula aumento de 23%, o MAP de 23,8%, o KCl de 14,5% e o sulfato de amônio de 6,2%. Entre janeiro e julho de 2025, a Rússia foi a principal fornecedora para o Brasil, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas (28,2% do volume total), alta de 18% sobre igual período do ano anterior. Na sequência, aparece a China, com 5,14 milhões de toneladas (21,2% do volume total), com crescimento de 75,7% na comparação anual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.