25/Aug/2025
A China divulgou na sexta-feira (22/08) novas medidas provisórias que reforçam os controles sobre a mineração e o processamento de terras-raras, usadas em diversos produtos de alta tecnologia, incluindo veículos elétricos, smartphones e caças militares. As regras, publicadas pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, valem tanto para terras-raras extraídas na China quanto para aquelas enviadas ao país para refino. As empresas terão de cumprir cotas para diferentes minerais. Também precisarão de aprovação governamental para lidar com terras-raras e relatar com precisão o volume de produtos manuseados. Infratores estarão sujeitos a penalidades legais e poderão ter suas cotas reduzidas.
A China vem reforçando controles sobre terras-raras, usadas em alta tecnologia, em resposta a restrições dos Estados Unidos ao acesso chinês a inovações avançadas. Embora não sejam escassos, esses 17 elementos, como germânio, gálio e titânio, são difíceis de minerar em concentração viável. Em abril, após o então presidente Donald Trump impor tarifas, a China passou a exigir licenças para sete minerais adicionais, alegando defesa da segurança nacional e compromissos de não proliferação. A medida gerou receios de falta de insumos nos Estados Unidos e em outros países, entrando nas negociações comerciais. Em junho, após concessões norte-americanas sobre softwares de chips e motores a jato, a China acelerou aprovações de exportação.
No mês seguinte, anunciou repressão ao contrabando, reforçando o esforço de controle. O país domina o setor: processa quase 90% da produção global e detém metade das reservas conhecidas, além de importar insumos de Mianmar. Com monopólio sobre tecnologias de refino, a China fornece 70% das terras-raras usadas pelos Estados Unidos. As novas regras ampliam exigências de licenciamento, centralizam a fiscalização e impõem padrões ambientais mais duros, mas sem detalhar cotas de produção ou exportação, sinal de que a China pretende consolidar o domínio sobre o setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.