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27/Aug/2025

Aço: setor registra queda nas vendas e na produção

Segundo o Instituto Aço Brasil, o setor de aço está chegando a seu limite por falta de volume. O índice de ociosidade da indústria brasileira desse segmento está em 35%, quando o normal seria de 15% a 20%. Com o consumo aparente em nível positivo, o que tem roubado as vendas das empresas brasileiras são as importações crescentes. Com a guerra comercial, há desvio de comércio para o Brasil. As tarifas impostas pelos Estados Unidos têm trazido ainda mais aço importado para o Brasil, o que exige medidas de defesa comercial. A China vai ficar os empregos. O setor tem bom diálogo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, apesar de nem sempre ter as demandas atendidas. Segundo o BTG Pactual, a desaceleração das vendas de aço no País em julho, de 2,9% ante o mesmo mês de 2024, com volume de 1,9 milhão de toneladas, já sinaliza queda da atividade siderúrgica no curto prazo. Além disso, no mesmo período o mercado observou aumento da participação do produto importado, de 16,7% em 2024 para 20,5%.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, as importações somaram 616 mil toneladas, ou US$ 559 milhões, alta de 4,2% em volume e queda de 8,6% em valor. A produção mensal de aço bruto também recuou 9,6%, para 2,8 milhões de toneladas. Esse movimento de queda nas vendas e na produção pode sinalizar um consumo mais fraco à frente. Desde o final do ano passado, o mercado tem se preparado para um ambiente econômico mais fraco, dadas as pressões da política monetária, mas a demanda tem se mostrado mais resiliente do que o esperado. Com novos sinais de desaceleração da atividade, agora a demanda deve permanecer contida até o final do ano. Segundo dados do Aço Brasil, em julho o consumo aparente de aço, que contabiliza as vendas internas e as importações, totalizou 2,3 milhões de toneladas, 1,8% acima do registrado no mesmo período de 2024. No acumulado do ano, as vendas internas somaram 12,3 milhões de toneladas, alta de 1,8% em relação a igual intervalo do ano anterior. A produção nos sete meses alcançou 19,3 milhões de toneladas, uma retração de 1,1% na comparação anual.

As importações cresceram 24,4%, atingindo 4,1 milhões de toneladas no acumulado até julho de 2025. Em valor, chegaram a US$ 3,8 bilhões, avanço de 11,4% na mesma base de comparação. Como resultado, o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 16 milhões de toneladas até julho, aumento de 8,1% sobre igual período de 2024. Para o BTG, o pesadelo das importações continua, com volumes em alta no acumulado do ano e participação ainda elevada (25% para planos e 10% para longos). Este ambiente competitivo intenso desencadeou uma dinâmica de preços deflacionária raramente vista. Essa tendência deve continuar pressionando os resultados, com mais ventos contrários provavelmente vindos da demanda mais fraca, já evidente nos dados recentes e nas verificações de canal. De acordo com dados do setor, as exportações somaram 1 milhão de toneladas em julho, ou US$ 740 milhões, o que representou queda de 29,0% e de 32,6%, respectivamente, ante o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, as vendas externas atingiram 6,2 milhões de toneladas, ou US$ 4,4 bilhões, valores que indicam alta de 1,7% e recuo de 10,8% na mesma comparação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.