04/Sep/2025
Segundo o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), o horário de verão é uma medida efetiva e benéfica para o setor elétrico, em especial para atendimento da carga no horário de pico do fim da tarde/início da noite, mas não chega a ser imprescindível para o ano de 2025. Desde o segundo semestre do ano passado, o governo estuda a possibilidade de retorno do horário de verão para dar mais confiabilidade ao sistema elétrico, mas até agora a medida não foi tomada. Em 2024, a iniciativa foi descartada em função do prazo considerado muito apertado para a tomada de decisão e a adaptação dos setores e de serviços afetados.
Neste ano, o tema voltou à mesa ainda no primeiro semestre e o ONS chegou a recomendar a medida como uma das alternativas frente a maior dificuldade de atendimento do sistema. Atualmente, dado o adiantado do ano, agentes do setor elétrico já consideram improvável uma decisão para execução ainda em 2025. O horário de verão reduziria a necessidade de geração para atendimento à ponta de carga, já que deslocaria o período diurno, garantindo que parte da demanda do início do período noturno que seria atendido com termoelétricas possa ser atendido com fonte solar fotovoltaica. Isso acaba reduzindo o custo total de geração e o requisito de termoelétrica que tem que ser mobilizado nesse período, então é benéfico.
O ONS foi consultado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a imprescindibilidade da medida. Nesse sentido, afirmou que é efetivo, é recomendável, tem benefícios tangíveis, mas é uma decisão que extrapola o setor elétrico, envolve outros ministérios, envolve toda uma discussão dentro de governo para ser materializado. Não é possível definir para quando a medida poderia ser realmente necessária, pois há falta de previsibilidade dos próximos períodos úmidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.