04/Sep/2025
Segundo a Mosaic Fertilizantes, o setor de fertilizantes vive um momento de atenção redobrada em razão da restrição de crédito e da pressão sobre a logística de entregas. Há 45 dias, a estimativa era um mercado de 49 milhões de toneladas em 2025. Hoje, a projeção é de 47 milhões de toneladas. No início do ano, a previsão de safra recorde sustentava a expectativa de forte demanda. No entanto, o cenário mudou a partir de julho. Há desafios importantes ligados à liberação de crédito. Não é por falta de demanda, mas por falta de crédito que parte da comercialização pode ser comprometida. A mudança nos critérios contábeis para provisões dos bancos públicos também trouxe impactos adicionais. O agro, por natureza, tem ciclos longos e atrasos são comuns. Mas, essa nova regra acabou pesando nos resultados das instituições financeiras, que ficaram mais restritivas na concessão de crédito. A pressão logística é outro ponto de alerta.
Como muita entrega não aconteceu em julho e agosto, tudo ficou concentrado em setembro, gerando pressão enorme sobre a logística, justamente no pico do plantio. Apesar das dificuldades, há fundamentos sólidos de demanda, principalmente na soja e no milho. As relações de troca não são as melhores de todos os tempos, mas são saudáveis. O problema não é preço, é crédito. Para o futuro, há otimismo. A perspectiva é de uma indústria pujante, com enorme potencial. A Embrapa projeta que, até 2030, a produção de grãos pode crescer até 15 milhões de toneladas, e até 2050, 70 milhões. Isso exigirá cada vez mais fertilizantes. No campo geopolítico, a Mosaic acompanha com cautela as tensões internacionais, mas o insumo tende a ser preservado. Quando a guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 2022, o fertilizante sempre foi excluído das sanções, por ser essencial à cadeia alimentar. A expectativa é que o bom senso prevaleça. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.