04/Sep/2025
Segundo a Argus Media, o mercado global de fertilizantes segue pressionado por fatores geopolíticos e logísticos, com destaque para a Índia e os ajustes de produção em diferentes regiões. A Índia continua comprando fertilizantes por meio de leilões, enquanto enfrenta estoques baixos e aumento constante do consumo interno. Nos últimos anos, a produção foi menor e a Índia tem aumentado mês a mês o seu consumo interno. Outros fatores globais também influenciam o mercado. O Egito, por exemplo, precisou reduzir a produção de nitrogenados para cerca de 80% a 85% da capacidade devido à escassez de gás natural vindo do Irã. O Egito naturalmente faz esse movimento de reajuste da produção de nitrogenados de acordo com a disponibilidade do gás natural que vem de outro país.
Nos Estados Unidos, as tarifas aplicadas a produtores internacionais afetaram o volume de importações de ureia. Já se observa uma queda na importação em julho pelos Estados Unidos. O país vai precisar voltar, mas deve deixar principalmente para o primeiro trimestre de 2026. O mercado de fosfatados também é influenciado pela Índia e por Bangladesh, que continuam demandando o insumo. No Brasil, o MAP agora está crescendo, porque já garantiu a maior parcela do que necessita de fosfatados. O Oriente Médio mantém sua influência sobre os preços. As entregas de fertilizantes no mercado brasileiro devem superar em mais de 1 milhão de toneladas o volume do ano passado, de 45,61 milhões de toneladas.
O consenso aponta algo em torno de 47 a 48 milhões de toneladas em 2025. Algumas empresas chegam a projetar 49 a 50 milhões de toneladas, mas o consenso ainda se mantém na faixa de 47 a 48 milhões de toneladas. Chama atenção o impacto das importações do insumo sobre o crescimento em 2025. O mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer, especialmente pelo aumento das importações. É importante acompanhar a evolução da demanda pelas segundas safras para confirmar o crescimento. A grande preocupação é em relação à 2ª safra de 2026, cujas vendas devem começar ainda este ano. Isso dependerá não só da recuperação do preço, mas também das ações do mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.