09/Sep/2025
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as cotações de fretes rodoviários na entressafra devem apresentar quedas mais suaves. Com a safra recorde de 345,2 milhões de toneladas de grãos e o escoamento distribuído ao longo do segundo semestre, eventuais reduções de preços ao longo da entressafra não serão tão abruptas, mas moderadas, com manutenção de algum suporte às cotações. A avaliação se baseia no comportamento atual do mercado, em que produtores retêm parte dos grãos na expectativa de melhores oportunidades. Sem tanto ímpeto mercadológico, o escoamento se restringe a compromissos previamente firmados e àqueles necessários para dar giro e caixa às atividades.
O cenário difere de anos anteriores, quando picos de colheita geravam pressão concentrada seguida de quedas bruscas nos fretes. Esse fato tem como resultado, além de limitar maiores altas no pico da safra, também promover uma melhor distribuição do escoamento, potencialmente, ao longo do segundo semestre. A demanda interna robusta contribui para a sustentação. Com consumo de milho estimado em 90,2 milhões de toneladas ante produção recorde de 137 milhões, o elevado consumo interno tem servido como um amortecedor, evitando que os preços desabem no curto prazo. As importações de fertilizantes também sustentam a demanda por transporte.
No oeste da Bahia (região de Luís Eduardo Magalhães), esse fluxo de retorno deve continuar em função do aumento da importação de fertilizantes, o que tende a manter a demanda por fretes rodoviários aquecida nos próximos meses. Porém, fatores externos seguem determinantes. O comportamento da moeda norte-americana e os rumos do consumo interno continuarão sendo fatores determinantes para a formação dos preços nos próximos meses. No acumulado de janeiro a julho, o Brasil importou 24,20 milhões de toneladas de fertilizantes, crescimento de 8,86% ante 2024, garantindo demanda por frete de retorno em várias rotas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.