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09/Sep/2025

Armazenagem: possível nova linha de financiamento

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o governo está estruturando uma linha de financiamento para armazenagem com potencial de reduzir os custos para os produtores rurais. A negociação envolve recursos do Banco Mundial e a possibilidade de aporte do Tesouro Nacional. A possibilidade foi apresentada durante a reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira (08/09). O Banco Mundial ofereceu ao governo brasileiro recursos para armazenamento, com juro comercial internacional de 5% ao ano, mas com a possibilidade de subsídio de 10%. A proposta já está em discussão com o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Política Agrícola. Foi solicitado que o Tesouro também aporte mais 10%.

Assim, seriam 10% do Banco Mundial, mais 10% do Tesouro. Atualmente, o financiamento disponível pelo BNDES para armazéns em dólar tem custo de 8,5% ao ano, com prazos de até dez anos e dois anos de carência. Essa taxa já é competitiva, mas a proposta em andamento poderia torná-la ainda mais atrativa. Com os 10% do Tesouro mais os 10% do Banco Mundial, a taxa dolarizada cai para 4%. Dólar mais 4% interessa para qualquer produtor da Região Centro-Oeste que trabalha com soja e milho. A questão da armazenagem é um dos maiores gargalos do agronegócio brasileiro. O déficit de armazenagem no Brasil é grande. Os Estados Unidos têm capacidade de armazenar 120% da produção. O Brasil tem apenas 70%.

Dentro da propriedade, o número é ainda menor: só 15% a 17%, enquanto os Estados Unidos têm 60%. O armazenamento dentro da fazenda é o modelo mais eficiente, porque o produtor consegue segurar o produto e vender na hora certa. Mesmo sem a participação do Banco Mundial, a medida pode se tornar viável apenas com o Tesouro. Hoje, no PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), o Tesouro desembolsa 60% do custo da equalização. Talvez seja melhor conceder o desconto já na largada, no início do financiamento, em vez de ao longo do tempo, o que acaba sendo mais caro. Se a proposta for aprovada, os agricultores da Região Centro-Oeste terão acesso a juros internacionais abaixo da média. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.