11/Sep/2025
Segundo o Itaú BBA, o mercado de fertilizantes encerrou agosto com recuo nas cotações dos fosfatados e potássicos e estabilidade nos nitrogenados. O mercado de fertilizantes pode ter uma correção nos preços, após a forte alta observada durante o ano. No mês, a ureia se manteve a US$ 455,00 por tonelada nos portos brasileiros, mas caiu 7,1% em relação ao pico de meados de agosto. O fosfatado MAP recuou 5,2%, cotado a US$ 725,00 por tonelada, enquanto o cloreto de potássio (KCl) caiu 3,4%, para US$ 350,00 por tonelada. A oferta de nitrogenados vem sofrendo interrupções desde o ano passado, em virtude de conflitos geopolíticos, com impactos mais fortes sobre a ureia. Esse cenário atrasou compras em vários países, inclusive no Brasil. No entanto, o governo da Índia realizou em agosto o maior leilão de compra de ureia de sua história, adquirindo 5,6 milhões de toneladas, em volume elevado e a preços mais baixos do que no certame anterior.
Esse resultado pode indicar que o problema de oferta tenha aliviado. No Brasil, a demanda por nitrogênio está migrando para outras fontes. Em 2025, as importações de sulfato de amônio (SAM) superam as de ureia, movimento considerado atípico. A mudança decorre do preço relativo mais barato do SAM. Com teor de 19% de N, o insumo está cotado a US$ 170,00 por tonelada, resultando em custo de US$ 8,59 por cada 1% de N, contra US$ 9,78 na ureia, com 46% de N a US$ 455,00 por tonelada. Normalmente, esses valores são muito próximos. O mesmo fenômeno ocorre nos fosfatados. A migração do consumo do MAP para o superfosfato simples (SSP), de menor concentração, já vem sendo registrada há alguns meses. Mesmo com a queda de preços do MAP em agosto, não houve reação significativa da demanda. Essa falta de sustentação abre espaço para novas quedas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.