23/Sep/2025

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a comentar que a política nacional para minerais críticos buscará desenvolver a cadeia produtiva interna, em detrimento de um aproveitamento desses insumos somente na pauta exportadora. "Não seremos apenas exportadores de commodities, como desde os tempos do Brasil colônia. Estamos construindo um País que agrega valor a seus recursos minerais, ampliando o conhecimento tecnológico, a inovação e a capacidade empreendedora", declarou. Ele também frisou que o mapeamento geológico será feito em ritmo "muito mais acelerado do que até então".

O ministro argumentou que o governo está buscando destravar o potencial brasileiro para atrair bilhões de Reais em investimentos neste setor. A primeira reunião do chamado Conselho Nacional de Política Mineral será em outubro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tese de que o Brasil poderia usar os minerais críticos como moeda de barganha internacional foi amplamente especulada durante o início de vigência do tarifaço dos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Silveira comentou ainda que está "lutando junto ao Ministério da Fazenda" para que o minério de ferro de alta redução entre para o rol de minerais estratégicos com incentivo tributário.

Ele também declarou que, em parceria com o Ministério dos Transportes, o MME está buscando diminuir o número de carretas de minério nas rodovias de Minas Gerais. O ministro disse ser necessário ampliar o uso compartilhado de terminais de transporte ferroviário para baratear os custos. Segundo Alexandre Silveira, a primeira reunião do chamado Conselho Nacional de Política Mineral será em outubro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O colegiado será criado para definir os rumos do setor e estabelecer políticas públicas de uma mineração segura, legal, pulsante e sustentável. A referência direta para o novo grupo é o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que atua no assessoramento do Presidente da República.

Na estrutura do Conselho de Política Mineral haverá outro colegiado, focado nos minerais considerados críticos e estratégicos para a transição energética. O primeiro ato será propor a criação de um conselho estratégico para garantir a soberania e o fortalecimento das cadeias dos minerais críticos e estratégicos. São medidas para garantir a segurança energética e a segurança alimentar, por meio de alianças geopolíticas para fortalecer os investimentos internacionais no País. Ele explicou ainda que esse Conselho "estratégico" será conduzido pelo presidente Lula, com a responsabilidade de orientar o desenvolvimento da cadeira do segmento e "primando pela soberania e atendimento ao interesse nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.