10/Set/2020
Segundo o Itaú BBA, as cotações dos principais fertilizantes usados por agricultores estão sustentadas dentro e fora do País após compras robustas de países asiáticos, como Índia, e de produtores brasileiros que se preparam para a safra 2020/2021. Além da demanda, problemas logísticos recentes na China, que reduziram a disponibilidade de insumos no mercado global, desencadearam um aumento das cotações dos adubos em agosto. Em relação aos fosfatados, os preços do Map (fosfato monoamômico) subiram 13,9% em agosto no mercado global, sustentados pelas compras indianas, chegando a US$ 370,00 por tonelada.
A alta foi menos acentuada no Brasil, de 4,4% até a primeira semana de setembro, em dólar. As cotações da ureia, principal adubo nitrogenado, subiram 4,9% em portos do Brasil no mês passado, em razão do balanço global de curto prazo mais ajustado, atingindo US$ 278,00 por tonelada na última sexta-feira (04/09). No que se refere ao potássio, o fornecimento por Belarus segue no radar, já que o país concentra 20% da oferta global do insumo e passa por uma crise política. Em meados de agosto, havia temores de que greves trabalhistas poderiam paralisar os trabalhos nas minas estatais.
Os estoques e as notícias sobre operação normal nas minas contêm os preços do KCl (cloreto de potássio). As relações de troca de soja, milho e algodão por adubos se mantêm bastante favoráveis aos produtores e abaixo das médias históricas, ainda que tenha piorado levemente para produtores de soja, em dólar. No caso do milho, a relação melhorou (são necessárias, portanto, menos sacas de 60 Kg do cereal para comprar 1 tonelada de adubo) e quanto ao algodão, ficou estável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.