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21/Out/2020

Biodefensivos: mercado se aproxima de R$ 1 bilhão

O mercado de controle biológico na agricultura cresce a cada safra no País, impulsionado pela busca dos produtores por alternativas complementares ao uso de produtos químicos no combate a pragas e doenças das lavouras. Pesquisa da Spark Inteligência Estratégica aponta que esse mercado movimentou R$ 930 milhões (US$ 237 milhões) na safra 2019/2020, com aumento de 46% em reais e de 34% em dólares ante 2018/2019. A área potencial tratada cresceu 23%, para 19.4 milhões de hectares. A soja é a cultura com maior relevância nesse mercado (59% da área total tratada), seguida por cana-de-açúcar (27%) e algodão (6%). Milho, café, feijão e uma ampla cesta de hortifrútis vêm na sequência. Também em termos de área tratada, os produtos com maior procura são os bioinseticidas (41%), bionematicidas (35%) e biofungicidas (24%).

Os defensivos biológicos respondem hoje por 2,50% de um mercado de produtos de proteção de cultivos que gira em torno de US$ 12 bilhões por ano, e a tendência é de avanço. O crescimento dos biológicos é puxado pela recomendação, cada vez maior, da academia e das indústrias, de que o produtor diversifique sua estratégia de controle de pragas e doenças, visando manejar a resistência aos químicos. Além disso, destaca-se a maior facilidade de registro dos biodefensivos como um fator que aumenta a oferta nas prateleiras e contribui para o desenvolvimento do mercado. Diferentemente dos químicos, registrados por praga e cultura, os biológicos têm registro amplo, para todas as culturas. Segundo dados do Ministério da Agricultura, nos últimos cinco anos foram registrados 199 produtos biológicos no Brasil, contra 70 de 2005 a 2014.

Os biológicos cobrem apensa 20% da área plantada no Brasil com diferentes culturas, ou 13.1 milhões de hectares. Assim, é grande o potencial de crescimento. Segundo o Radar Agtech Brasil 2019, da Embrapa, 2,80% de um total de 1.125 startups no País se dedicam especificamente à fabricação de agentes biológicos, 3% a ferramentas de agricultura de precisão, 2,60% a tecnologias de sensoriamento remoto e 3,80% à operação de drones. Cada qual com seu papel, elas têm ganho cada vez mais relevância nas aplicações de biodefensivos. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.