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06/Nov/2020

Defensivos: cresce venda de fungicidas protetores

De acordo com estudo do Business Intelligence Panel (BIP) Safra 2019/2020, a categoria de fungicidas protetores, utilizados em conjunto com outros produtos da mesma categoria para controlar doenças como a ferrugem asiática da soja, movimentou em torno de US$ 450 milhões na safra 2019/2020, aumento de 40% ante o ciclo anterior. Utilizados principalmente no manejo de resistência do fungo causador da ferrugem da soja, esses insumos ampliaram a sua participação de 13% para 16% do mercado total de fungicidas no Brasil, estimado pela consultoria em US$ 2,85 bilhões. No ciclo 2019/2020, a adoção de fungicidas protetores (com pelo menos uma aplicação) alcançou 70% da área plantada com soja no País, mas já vinha crescendo nas últimas safras. Na temporada 2016/2017, essa proporção havia sido de 38%, passando a 48% em 2017/2018 e 51% em 2018/2019.

O crescimento da utilização desses produtos no País está ligado ao aumento da ocorrência de resistência do fungo causador da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), que requer a realização eficiente do chamado manejo de resistência, com aplicações preventivas e rotação entre fungicidas com diferentes modos de ação durante a safra. A expectativa é de que esse segmento siga crescendo de maneira sustentável nas próximas safras ante as dificuldades do produtor para controlar a doença. O ritmo de incremento depende, contudo, da área plantada de soja, do clima no desenvolvimento e da escolha de variedades. Há anos em que a ferrugem tem pressão maior e anos em que é menor. Outro fator importante é o desenvolvimento de variedades resistentes à ferrugem, que requerem menos uso de produto. Mas, há espaço para um aumento da adoção dependendo de onde a soja cresça e do comportamento climático das regiões. A categoria dos fungicidas protetores inclui várias classes de ingredientes ativos e foi ganhando espaço por ajudar a melhorar a eficiência de produtos mais antigos.

Hoje, o nível de adesão é muito grande, porque o produtor tem dificuldade de controle da ferrugem e começa a aplicar diferentes ferramentas em uma combinação. Os índices de utilização crescem de forma consistente em todas as regiões produtoras de soja. O estudo aponta também que o produtor que adere ao manejo com esses produtos faz em média duas aplicações durante o ciclo da cultura. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, até o momento foram detectadas dez ocorrências de ferrugem asiática na safra 2020/2021. Ao longo da safra 2019/2020, foram 213 casos. O custo da doença, considerando despesas com produtos e aplicação, somadas à perda em grãos e arrecadação, foi projetado pela Embrapa Soja em US$ 2,80 bilhões em 2018/2019, dado mais recente disponível. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.