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06/Nov/2020

Defensivos: área tratada no Brasil cresce em 2020

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (05/11) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a área tratada com defensivos agrícolas no País entre janeiro e setembro deste ano aumentou 7,1% em comparação a igual período do ano passado, alcançando 904,1 milhões de hectares. Há um ano, eram 844,5 milhões de hectares. As culturas da soja e do milho, assim como em 2019, tiveram maior peso no resultado, representando 34% e 24%, respectivamente, da área que recebeu agroquímicos. A receita com a venda dos produtos caiu 7,8% no acumulado do ano até setembro, chegando a R$ 7,128 bilhões. A valorização do dólar ante o Real interferiu no resultado financeiro, já que a maior parte dos custos da indústria está atrelada às importações de matérias-primas, que acabaram se tornando mais caras em Real. A desvalorização acentuada e acelerada do Real ante o dólar não permitiu o repasse integral do aumento destes custos ainda neste ano.

Os dados mostram que a receita das empresas do setor recuou de forma ainda mais expressiva no terceiro trimestre de 2020, 18%, chegando a R$ 1,390 bilhão. Soja (29%), cana-de-açúcar (18%), frutas e hortaliças (12%), pastagem (9%) e milho (7%) foram as culturas com maior participação no desempenho financeiro. Os herbicidas tiveram maior peso nas vendas do setor no terceiro trimestre, representando 51% dos negócios em dólar, em virtude da necessidade de combater plantas daninhas no período de preparação do plantio. Em segundo lugar ficaram os inseticidas (com 18% da receita), fungicidas (15%) e tratamento de sementes (10%). Quando observado todo o período de janeiro a setembro, a participação de cada categoria de produto muda um pouco em relação ao terceiro trimestre. Considerando a área tratada com defensivos, os inseticidas foram aplicados em 27% do total, seguidos por herbicidas (24%), fungicidas (17%), tratamento de sementes (8%) e outros produtos (23%).

Ainda no terceiro trimestre, a área tratada aumentou 5%, para 212,2 milhões de hectares, 10 milhões a mais do que no intervalo correspondente de 2019. As lavouras de soja representaram a maior parte da área que recebeu algum tipo de agroquímico, 39%, seguidas de pastagens (19%), trigo (9% e milho (8%). De janeiro a setembro, Mato Grosso foi o Estado com maior relevância para as vendas em dólar, 27% do total. São Paulo aparece em segundo lugar, com 14% do todo, seguido da região do MATOPIBA (que abrange parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com 11%, do Paraná (10%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (10%), Goiás (8%), Minas Gerais (8%) e Mato Grosso do Sul (7%). Ainda no acumulado do ano, depois da soja e do milho, as culturas com maior participação em área tratada foram algodão (15%), cana-de-açúcar (6%), pastagem (5%), feijão (4%) e frutas e hortaliças (3%). Na safra 2020/2021, é esperado aumento de área plantada com soja, milho e algodão e as principais pragas e doenças que devem atacas tais lavouras.

No caso da soja, a previsão é de crescimento de 3,4% da área cultivada, assim como maior uso de tecnologias para combater ferrugem asiática, percevejos, nematódeos, ácaros e outros problemas fitossanitários. Para a 2ª safra de milho de 2021, a previsão é de aumento de 4% da área semeada em comparação à safra passada, com maior demanda por produtos que combatam sugadores e manchas foliares e para tratamento de sementes. Em relação à próxima safra de algodão, a estimativa é de recuo de 3% na área cultivada, porém com maior necessidade de produtos para proteção e controle contra bicudo e ramulária. O aumento da produção agrícola em um país tropical, como o Brasil, cobra o seu preço. O clima e temperatura são ideais para a disseminação de doenças, pragas e ervas daninhas cada vez mais resistentes e desafiadoras, e os defensivos agrícolas desempenham um papel essencial no controle desses inimigos e aumento da produção de alimentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.