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27/Nov/2020

Moderfrota: MAPA não deverá remanejar recursos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a suspender o recebimento de pedidos de financiamento do Moderfrota, principal linha para aquisição de máquinas e implementos agrícolas do Plano Safra. O motivo é o nível de comprometimento dos recursos disponíveis. A linha havia sido suspensa pela primeira vez no final de outubro. No dia 13 de novembro, o BNDES anunciou reabertura dos protocolos, já que havia um saldo residual para novas contratações. Agora, o banco também suspendeu os pedidos do Moderinfra, que financia equipamentos de irrigação e cultivos protegidos. No início do mês, o banco afirmou que ia reforçar a linha BNDES Crédito Rural para suprir a demanda forte pelos investimentos.

Os juros variam de acordo com a finalidade, mas não chegam a dois dígitos. Existe alternativa ao Moderfrota, e ela está pronta. A questão é ter a esteira de crédito ininterrupta. É possível canalizar a demanda para um produto com taxa fixa e altamente competitiva. Além dessas, as linhas Moderagro, para projetos de modernização do campo, Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), Inovagro — para adoção de novas tecnologias, e ABC, para agricultura de baixa emissão de carbono, encontram-se suspensas. Para alguns itens do Pronaf, que atende a agricultura familiar, foram reabertas as contratações. O Ministério da Agricultura informou que não vislumbra a possibilidade de remanejamento de recursos para suplementar linhas de investimentos esgotadas de forma precoce no atual Plano Safra. A possibilidade de esgotamento precoce de recursos está sendo avaliada.

No entanto, dado que a demanda está crescente em todos os programas de investimento, neste momento, não se vislumbra possibilidade de remanejamentos. A Pasta ressaltou que o Banco do Brasil também possui recursos para financiamento nas condições do Moderfrota. Recentemente, a instituição anunciou o aporte extra de R$ 1 bilhão nessa linha, com capital próprio, sem subvenção federal. O ministério vai continuar acompanhando e analisando a questão, mas reforça que há pouco ou nenhum espaço para agir. Embora o governo federal tenha autorizado, em média, 30% a mais de recursos nos programas de investimentos em relação à safra passada, a demanda observada nos primeiros quatro meses do ano-agrícola superou, em alguns programas, as contratações ocorridas no decorrer de todo o ano safra passado. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.