02/Ago/2021
A fabricante norte-americana de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 699 milhões, ou US$ 0,51 por ação, no segundo trimestre deste ano, o que configura recorde para o trimestre. O resultado representa alta de 93,2% na comparação com igual período do ano passado, quando a companhia obteve lucro líquido de US$ 361 milhões, ou US$ 0,26 por ação. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,42. A receita avançou 60,3% em relação ao segundo trimestre de 2020, de US$ 5,562 bilhões para US$ 8,918 bilhões. A companhia atribuiu o desempenho trimestral à aquisição da Raven Industries e a recuperação cíclica do setor. O resultado trimestral da CNH veio em linha com o obtido nos trimestres anteriores, quando a receita já vinha apresentando alta.
Assim como outras empresas do setor, o desempenho da CNH reflete a retomada na comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas com agricultores voltando a investir em equipamentos, após o pico da pandemia do novo coronavírus, impulsionados pela alta rentabilidade das commodities. Apesar dos desafios contínuos da cadeia de abastecimento e das pressões inflacionárias, a força dos mercados em conjunto com atividade de preços agressivos, iniciativas de expansão de margem nos impulsionou ao lucro recorde do segundo trimestre. As vendas de equipamentos agrícolas da CNH subiram 56,8% no trimestre, de US$ 2,541 bilhões para US$ 3,970 bilhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado do segmento ficou em US$ 582 milhões, avanço de 379% ante os US$ 203 milhões obtidos em igual intervalo do ano anterior.
O aumento foi impulsionado por maior volume, mix favorável e realização de preço positivo, parcialmente compensado por maior matéria-prima, frete, custos, despesas de SG&A e P&D mais altas em relação aos baixos níveis do ano anterior, bem como maior remuneração variável. A demanda por tratores de alta potência da empresa mais que dobrou para todas as regiões, particularmente na América do Norte, e mais do que triplicou para as colheitadeiras, com uma demanda robusta na América do Norte e na América do Sul. Para o acumulado do ano fiscal de 2021, a empresa espera alta de 24% a 28% nas vendas, mesmo com os efeitos cambiais negativos nas condições de mercado em todas as regiões e segmentos. O fluxo de caixa deve ser superior a US$ 1,0 bilhão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.