30/Mar/2022
Segundo o Itaú BBA, a oferta de fertilizantes no Brasil deve ser menor em 2022 em comparação com o ano passado, mas a falta desses produtos pode ser minimizada por outros fatores. A quebra da safra de soja no Brasil na temporada 2021/2022, principalmente na Região Sul e em Mato Grosso do Sul, fez com que a extração de fertilizantes do solo fosse menor. Fazendo crer que há um estoque de fertilizantes no solo, com um volume não desprezível. Com a possível ausência da Rússia, em função da guerra na Ucrânia, o Brasil terá de recorrer a outras possibilidades para suprir a falta de produtos oriunda do país. Há preocupações se outros mercados exportadores de fertilizantes serão suficientes para suprir todas as importações que vinham da Rússia, que chegam a cerca de 23%.
Entretanto, existe a possibilidade de triangulação de compras russas por meio de outras nações, como é o caso da China, por exemplo. Essa conjuntura de medidas pode minimizar toda essa preocupação que existe sobre a disponibilidade de fertilizantes no mercado doméstico. Os preços do cloreto de potássio, negociado nos portos brasileiros, dispararam 220% em comparação com março de 2021. No caso da soja, houve um aumento de 60% nos custos de produção. A falta do produto é a maior preocupação. Nos meses de janeiro e fevereiro, a Rússia exportou para o Brasil cerca de 27% de fertilizantes, em cada mês.
É preciso acompanhar como será esse volume nos próximos meses, se será possível que o país continue enviando os produtos ao Brasil. Em relação à produção de soja, com a possibilidade de o País conseguir um pequeno aumento de área plantada no próximo ano, combinado com um nível de produtividade regular, a produção deve voltar a crescer na safra 2022/2023. No entanto, os preços devem continuar elevados, impulsionados pelos custos de produção. Os preços de energia, que estão ainda mais altos neste momento de guerra, com o preço do barril de petróleo oscilando, assim como o gás natural, que voltou a puxar os preços com custos de produção de nitrogenados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.