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09/Jun/2022

Fertilizantes: MOSAIC alerta sobre adiar compras

A Mosaic alertou os produtores brasileiros que vêm adiando a compra de fertilizantes para a safra de verão (1ª safra 2022/2023), em virtude dos elevados patamares de preços dos insumos, podem acabar recebendo o produto com atraso para o plantio. É natural algum atraso nas compras quando há esses níveis de preços, pois é uma decisão difícil para os produtores. Mas, se demorar mais, há risco de que a empresa não consiga entregar o produto a tempo. Hoje, a Mosaic está conseguindo cumprir os compromissos, mas se houver um adiamento por prazo mais longo, a empresa não aceitará novos compromissos, porque não irá prometer o que não podemos entregar.

Em alguns Estados em especial, como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, os agricultores vêm postergando a decisão de adquirir fertilizantes. Mas, se continuarem adiando a decisão, vão enfrentar gargalos logísticos e colocar em risco as janelas de plantio. Aqueles que demorarem mais de duas semanas correm mais riscos de não receber o produto a tempo para os preparativos da safra de verão (1ª safra 2022/2023), que oficialmente começa em julho. Vão receber, porém mais tarde que no período desejado. Apesar das incertezas em torno dos negócios no segundo semestre, a perspectiva para o mercado brasileiro de fertilizantes ainda é positiva.

As entregas de fertilizantes em 2022 devem diminuir levemente, tendo em vista reduções nas compras de Estados que sofreram mais com estiagens, como Paraná e Rio Grande do Sul. No ano passado, o volume entregue foi de 46 milhões de toneladas, 10 milhões de toneladas a mais do que há dois anos. Mesmo que fique entre 42 milhões e 44 milhões de toneladas, será um dos melhores anos da história. É difícil hoje prever o caminho que os preços internacionais de fertilizantes vão tomar, por serem dependentes do que ocorre na Ucrânia. O conflito agravou ainda mais a possibilidade de fornecimento de fertilizantes de Belarus, que já não conseguia exportar sua produção pela Lituânia, em virtude de embargo da União Europeia.

O país também se viu impossibilitado de escoar navios com insumos pela Ucrânia em guerra, e por portos da Rússia, sobrecarregados. As minas de potássio de Belarus não estão operacionais, são 12 milhões de toneladas que não estão sendo produzidas por ano. Então, a cada mês que esse conflito se prolonga, mais apertado fica o balanço global entre oferta e demanda. Apesar de o Brasil ter uma posição de estoques considerada boa hoje, por ter recebido grande volume de fertilizantes antes do início do conflito, será difícil para o País continuar recebendo volumes na mesma proporção daqui para a frente se a guerra se estender por muito mais tempo. Este conflito vem durando mais do que todos imaginavam e, provavelmente, estará relacionado a preços mais altos no longo prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.