01/Jul/2022

Segundo o Rabobank, o custo com fertilizantes para aplicação na safra brasileira de soja 2022/2023, plantada a partir de setembro, deve subir de 50% a 75% em relação aos gastos na temporada passada. A próxima safra de grãos deve apresentar uma alta expressiva nos custos de produção, em especial os fertilizantes. A estimativa considera a parcela dos fertilizantes comprada no primeiro semestre do ano pelos produtores brasileiros. Os defensivos também devem demandar maior volume de recursos dos produtores. A previsão é de elevação de cerca de 25% nos custos com defensivos da safra 2022/2023 ante 2021/2022.

Puxados principalmente pela alta nos custos dos herbicidas, que até o momento apresentam um aumento de mais de 40% em comparação com a safra anterior. Com o maior gasto com insumos agrícolas, o custo operacional da safra de soja deve subir cerca de 50% em relação à safra anterior. Apesar dos aumentos nos custos, ainda é possível que o produtor atinja um bom nível de margem operacional. Para isto é essencial o bom gerenciamento não só dos custos, mas também da venda da produção, dados os atuais níveis de preços. Ainda há, contudo, pontos de atenção em relação à disponibilidade dos insumos agrícolas para a safra 2022/2023.

A importação de fertilizantes nos meses que antecedem o início dos plantios será chave para determinar se haverá déficit de produto para a safra. Em contrapartida, nos cinco primeiros meses do ano, o volume importado pelo Brasil foi recorde. Com o passar dos meses, os números de importação divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) aumentaram a confiança de que a chance de escassez de produtos é cada vez menor. Essa importação foi feita a um preço bastante elevado, pois o mercado estava sob a influência dos conflitos nos preços dos adubos, algo que deve diminuir daqui para a frente. Do lado dos defensivos, lockdowns na China, que adota a política de Covid zero, ainda podem reduzir a produção. Até o momento, a produção segue com bom ritmo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.