27/Jul/2022
Segundo a CropLife Brasil, que reúne empresas de defensivos e sementes e instituições de pesquisa, a indústria de defensivos químicos vê garantia de oferta adequada para os produtores para a safra 2022/2023, que será plantada a partir de setembro. Os custos estão mais altos, no Brasil e no mundo, e devem continuar. A CropLife, contudo, não afasta a possibilidade de ocorrência de problemas localizados na oferta de agroquímicos para a safra em virtude da demora na liberação de cargas importadas, com a Operação Tartaruga da Receita Federal. Há cargas paradas no porto e atrasos de 15 a 20 dias, o que pode gerar um 'mini gargalo'.
A indústria brasileira de defensivos químicos importa cerca de 76% dos princípios ativos utilizados na formulação dos produtos. Como é um problema local, pode ser resolvido de forma mais rápida. Não é mais um reflexo do quadro internacional, que se estabilizou. Esse eventual 'mini gargalo' pode acarretar atraso da entrega dos agroquímicos aos agricultores, chegando às lavouras fora do período adequado para o planejamento da aplicação. Hoje, o produtor precisa estar com o químico chegando e estocando para preparar para a safra. A avaliação de uma oferta adequada de agroquímicos vem após um aperto na disponibilidade global de defensivos no ano passado.
Mas, algumas questões ainda persistem: os fretes internacionais continuam reduzidos, o custo do contêiner continua alto e a política energética da China (um dos principais fornecedores dos ingredientes ativos para o Brasil) segue em transição, mas para a safra brasileira 2022/2023 não deve haver problemas de oferta. Na safra 2021/2022, houve ocorrência de alguns problemas, classificados como pontuais. No início deste ano, por exemplo, os produtores de soja relataram dificuldades para encontrar dessecante no mercado brasileiro. Foram problemas localizados na entrega de alguns ativos, que foram superados em meados de fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.