10/Ago/2022
A Rumo e a Andali, empresa de soluções para o segmento de fertilizantes, inauguraram nesta terça-feira (09/08) um terminal ferroviário de transbordo em Rio Verde (GO). Com o novo complexo, será possível transportar fertilizantes a partir do Porto de Santos (SP) até Goiás por meio da Malha Central (ferrovia Norte-Sul) e industrializar o insumo na fábrica goiana. Em meio à alta demanda pelos serviços, o projeto de expansão da capacidade do terminal de transbordo foi antecipado, o que resultou em investimento adicional no projeto, totalizando R$ 160 milhões. No local também será possível “misturar” (industrializar) o fertilizante para ser distribuído aos clientes.
O investimento foi feito integralmente pela Andali e a operação do transporte ferroviário ficará sob responsabilidade da Rumo. No complexo de Rio Verde, a Rumo já tem operação de grãos e, agora, terá de fertilizantes. A companhia terá ainda uma operação de combustível em Rio Verde em meados do ano que vem. A Andali afirma que hoje mais de 80% dos volumes de importação de fertilizantes no País vêm pelos portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) ou Santos (SP), com todo o transporte feito por caminhões. Distâncias rodoviárias longas são ineficientes tanto do ponto de vista de custo, quanto de segurança para o motorista, sem contar o impacto ambiental.
A ideia do projeto é descarregar o fertilizante no Porto de Santos (SP), transportar via ferrovia da Rumo e a Andali receber o produto em Rio Verde (GO) para fazer o transbordo para fábricas da região ou misturá-lo para entregar ao produtor com mais competitividade. A estimativa é que sejam movimentadas 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes no terminal. Para a primeira etapa do projeto, estava prevista uma industrialização de 500 mil toneladas por ano. Diante da forte demanda, foi feito um investimento adicional e elevada a capacidade anual de expedição fabril para cerca de 750 mil toneladas. A projeção de capacidade inicial de armazenagem também foi revisada de 130 mil a 150 mil toneladas para 150 mil e 180 mil toneladas. A entrada de capacidade do complexo está sendo adiantada em 3 a 4 anos.
Mesmo em um contexto macroeconômico global de incertezas para inúmeros setores, o agronegócio brasileiro segue em uma situação particular. A produção e a exportação de soja, milho e farelo não têm sido impactadas em termos de volumes. China e Ásia, no geral, assim como o Oriente Médio, continuam demandando esses produtos. Além disso, a alternativa ferroviária reduz o impacto do aumento do diesel e do dólar no frete rodoviário. Toda forma de combater a inflação envolve aumento de produtividade. A operação ferroviária acaba sendo atrativa neste cenário. As empresas estão otimistas com a demanda e gerindo as dificuldades de curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.