06/Out/2022
No Brasil, muitos agricultores têm adotado a produção de defensivos biológicos caseiros (“on farm”) como uma alternativa para reduzir o uso de insumos químicos nas plantações e o custo das lavouras. Mas, segundo a Embrapa Soja, os métodos que boa parte das fazendas brasileiras adotam para produzir esses insumos representam um risco para o agronegócio e para a saúde humana. Segundo um estudo da IHS Markit, feito no ano passado a pedido da CropLife, entidade que representa fabricantes de defensivos agrícolas, a produção caseira já representa 22% do mercado de biodefensivos no País.
Desse total, estima a Embrapa, mais de 90% ocorrem sem a supervisão de microbiologistas. Muitos vendem biológicos como algo fácil, em que você faz um curso de algumas horas e pronto, mas não é assim. Mesmo alunos que vêm da graduação de biologia fazem treinamentos de meses e mestrados para se aprofundar. Por isso há tanta contaminação no ‘on farm’”. Os poucos produtores que fazem o processo de forma segura são, na verdade, grandes grupos empresariais do setor, que investem milhões em biossegurança. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.