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06/Out/2022

Fertilizantes: previsão de entregas no Brasil em 2022

A StoneX projeta entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro 7,2% menores em 2022, de 42,6 milhões de toneladas. A queda nas entregas reflete a alta dos preços dos produtos, que levou produtores a reduzirem compras, contando em parte com reservas no solo decorrentes de aplicações em safras passadas. O recuo das entregas deve ser mais acentuado na Região Sul, de 11%, e na Região Centro-Oeste, de 8%. Na Região Sudeste, o volume entregue deve ser 6% menor e no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), 1% inferior ao contabilizado em 2021. As empresas brasileiras importaram 28,8 milhões de toneladas de fertilizantes de janeiro a setembro, 2% acima do volume desembarcado nos portos do País em igual período do ano passado.

No caso da ureia, o volume importado é 3% menor na mesma base de comparação, somando 5,2 milhões de toneladas. De MAP, foram 3,4 milhões de toneladas no período, 7% a menos do que nos nove primeiros meses de 2021. Em relação ao KCl, 10,2 milhões de toneladas chegaram do exterior nos portos brasileiros, 13% a mais do que de janeiro a setembro do ano anterior. Há expectativa de que as importações do Brasil de nitrogenados cresçam no início do ano. Elas estão um pouco atrás do volume do ano passado, mas a expectativa é que aumentem para aplicação no milho, trigo e 2ª safra de 2023 em geral. O preço da ureia caiu mais do que outros produtos, mas está com grande volatilidade, pela menor produção na Europa, a demanda do Brasil para a próxima safra, bem como da Índia que deve ser mais ativa no último trimestre. No Brasil, os preços de potássio e fosfatados também tendem a cair, reagindo à menor demanda.

Os fatores baixistas para preços de fertilizantes predominam no quarto trimestre, devido à menor demanda global neste ano, o fato de Rússia e Belarus estarem conseguindo encontrar maneiras de contornar sanções e escoar parte da produção de insumos, a demanda mundial por fertilizantes tradicionalmente mais fraca no quarto trimestre e a perspectiva de um estoque de passagem alto no Brasil. Entre os fatores altistas a serem observados, estão as restrições ainda enfrentadas por Belarus, Rússia e China para exportar fertilizantes, alta volatilidade dos preços do gás natural na Europa, especialmente no inverno do Hemisfério Norte (em que aumenta a demanda para calefação) e expectativa de grandes safras e maior procura por insumos em 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.