07/Out/2022
Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a alta do petróleo fez subir a defasagem dos preços internos dos combustíveis no Brasil, aumentando a pressão por reajustes da Petrobras para manter a paridade com os preços de importação (PPI), política adotada pela estatal desde 2016. Na quarta-feira (05/10), os preços médios da gasolina estavam 9% abaixo do mercado internacional e o diesel 8% mais barato, o que daria margem para a Petrobras conceder aumentos de R$ 0,31 e R$ 0,43 por litro nas refinarias, respectivamente, para voltar à paridade.
Na Bahia, que é atendida pela Refinaria de Mataripe, unidade privada controlada pela Acelen, a defasagem do óleo diesel chega a atingir 10%, enquanto a gasolina com maior diferença de preços com o mercado externo foi observada no Porto de Araucária (PR), de 12%. Todos os mercados estão desfavoráveis para importação dos dois combustíveis. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), o risco de déficit de diesel, cuja demanda aumenta no segundo semestre do ano no País, por conta da safra agrícola, subiu de 32 milhões de litros no início de setembro para 115 milhões de litros em boletim publicado esta semana.
No entanto, esse déficit deve ser coberto por estoques de produtores e distribuidores. Apesar do momento ser favorável ao aumento de preços no mercado interno, a Petrobras está sendo pressionada pelo governo para manter os preços até o segundo turno das eleições. Especialistas avaliam que o câmbio pode ajudar a estatal a manter os preços atuais, se não subir muito, mas se o petróleo ultrapassar os US$ 100,00 por barril será muito difícil justificar a falta de repasse para o consumidor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.