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09/Nov/2022

Defensivos: uso não oferece riscos ao consumidor

A Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), afirmou que o uso de defensivos na agricultura não oferece riscos à saúde do consumidor. O Brasil é membro do Codex Alimentarius, programa da ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece limites seguros de resíduos nos alimentos. O Brasil não usa produtos proibidos no mundo todo e, do outro lado, a Europa usa produtos que não têm registro nem uso no Brasil. É preciso lembrar que os produtos (agroquímicos) são usados e avaliados conforme a necessidade de uso em cada país. Além disso, podem ser reavaliados e proibidos a qualquer momento se houver necessidade, se surgirem evidências. A Unesp também defendeu a aprovação no Senado Federal da lei que altera a legislação atual que regula o registro de agroquímicos no Brasil, a fim de acelerar os registros de novas moléculas que são mais eficazes e seguras para trabalhadores, consumidores e meio ambiente.

É preciso uma legislação mais atual e convergente com os conceitos científicos atuais. O País está sendo pouco eficaz em dar acesso a produtos seguros, pela demora na aprovação. A dose média de aplicação de agroquímicos lançados nas décadas de 1970-1980 para os últimos dez anos caiu 88%. Os produtos mais recentes são mais seguros para o consumidor. Retardar a chegada disso no mercado não faz sentido e há oportunidade de mudar isso com nova lei em tramitação no Senado federal. O uso de agroquímicos e novas moléculas também traz benefícios ambientais, ao elevar a produtividade agrícola na mesma área, com menores doses de aplicação. A questão não é evitar ou não os defensivos, mas como usá-los e torná-los cada vez mais seguros. É preciso produzir cada vez mais na mesma área ou ampliar área com desmatamento ou impactos ambientais. O uso de pesticidas e agrotóxicos evita que pragas/doenças comprometam a produtividade nas lavouras.

A eficiência na atividade agrícola é bem menor sem uso de defensivos. A Croplife Brasil reforçou que a adoção de diversas tecnologias além dos agroquímicos, como melhoramento genético e biotecnologia, garante aumentos de produtividade. Se tais recursos deixassem de ser usados, haveria perda de rendimento. Há um crescimento de cerca de 6% ao ano da produtividade do milho, com melhoramento genético e biotecnologia. O ganho de produtividade é benefício direto da tecnologia. Se tirar estas soluções das lavouras brasileiras, inclusive a proteção de pesticidas químicos e biológicos contra doenças e pragas, haveria uma perda no campo de cerca de 40%. Foi destacada a necessidade de testes, cuidados e pesquisas para com biodefensivos, não somente com agroquímicos. Apesar de virem da natureza, defensivos biológicos também oferecem riscos, é preciso uma série de análises antes de levá-los ao mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.