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11/Nov/2022

Amônia: projeto de geração com Hidrogênio Verde

A startup Phama Energias Renováveis recebeu um aporte de R$ 80 milhões para desenvolver um projeto para produção de amônia a partir do hidrogênio verde, cuja origem será energia elétrica gerada em um parque agrosolar. A contratante é a empresa alemã Sunfarming, que espera o início da produção para o segundo semestre de 2024. Uma planta de energia solar fotovoltaica de 5 megawatts (MW) necessária para o funcionamento de um eletrolisador de 2,5 MW será instalada na região do Vale Verde, no Rio Grande do Sul. A expectativa é que sejam produzidas 1,5 mil toneladas de amônia ao ano. Para além do desenvolvimento do hidrogênio verde, que atenderá a economia agrícola da região, haverá o aproveitamento da própria área da usina para plantação. Neste sistema, chamado de agrosolar ou agrovoltaico, as placas para geração elétrica serão instaladas a uma altura entre dois e três metros.

Na área de 400 hectares, que abrigará a usina, 45% será destinado para cultivo de plantas medicinais, 45% para produtos orgânicos, que deverão ser exportados para Europa, e 10% para agricultura familiar. A associação dos projetos foi o que permitiu a viabilidade econômica da proposta. O projeto de agrosolar tinha a limitação do custo, que era muito alto. Mas, o ecoagro cedeu o parque solar, junto com o eletrolisador e com a produção de amônia, fazer essa produção combinada. A Sunfarming já desenvolve parques deste tipo em outros países, como a própria Alemanha. A Phama e a Sunfarming fizeram contato por meio do programa iH2 Brasil Inovação em Hidrogênio Verde, realizado pela Aliança Brasil-Alemanha para expansão do Hidrogênio Verde, com apoio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ) e do Ministério de Minas e Energia (MME), na qual recebeu mentoria e apoio técnico. Segundo o Componente Inovação do projeto H2Brasil da GIZ Brasil, o projeto é pioneiro no mundo por conta de sua pequena dimensão, mas com grande escalabilidade.

No mundo inteiro, o debate é que só vale a pena produzir hidrogênio verde em escala industrial porque tem que ser uma planta gigante. Esse projeto mostra que não é assim. É um projeto pequeno e descentralizado. É um dos primeiros projetos no mundo que mostra que é economicamente viável. Além desta iniciativa, a Phama tem outros nove projetos do tipo em negociação com empresas no Brasil. Está sendo finalizada a viabilidade para levar a banco e buscar financiamento. O potencial de escala é grande. Pode ser feito em qualquer lugar do Brasil onde tenha sol e água para produzir o defensivo local. Com esse projeto, será possível ter a sua fábrica de fertilizante no local com zero de emissão. Atualmente, a aquisição do produto como é feita, predominantemente, via importação e, em consequência, com elevada emissão de gases-estufa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.