23/Mar/2023
A Petrobras informou, nesta quarta-feira (22/03), que vai reduzir o preço do diesel em R$ 0,18 por litro a partir desta quinta-feira (23/03) nas suas refinarias. O preço para as distribuidoras vai passar de R$ 4,02 por litro para R$ 3,84 por litro. O combustível não era reajustado pela estatal há 22 dias. Antes da queda anunciada nesta quarta-feira (22/03), registrava preços no mercado interno em paridade ou acima do mercado internacional, dependendo do polo de comparação.
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,45 por litro vendido na bomba. A redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento. A refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo árabe Mubadala no Brasil, ao contrário da estatal, tem reduzido semanalmente o preço dos combustíveis.
Na Bahia, o preço do diesel está em paridade com o Golfo do México, enquanto a gasolina está com o preço 3% acima do mercado internacional. Na Petrobras, a gasolina está em paridade com os preços externos e o diesel registrava uma diferença positiva de R$ 0,10 por litro, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Desde a segunda semana de março a Petrobras tinha espaço para uma queda de preços do diesel. A Abicom avaliou que a redução foi maior do que o esperado. Havia espaço para redução, mas não de R$ 0,18 por litro. Segundo a entidade, a redução deveria ser de R$ 0,10 a R$ 0,11 por litro.
Com o preço do diesel abaixo da paridade, as oportunidades de importação do combustível ficam inviabilizadas. De acordo com a StoneX, no fechamento do dia 21 de março, havia espaço para uma queda de até R$ 0,22 por litro. O mercado internacional continua bastante volátil, mas de certa forma já vinha se consolidando esse espaço para queda desde a segunda semana de março. Desde o dia 6 de março, a paridade passou a ficar negativa no Brasil em relação ao Golfo do México, usado como referência para os preços internos dos combustíveis, acelerando a partir de 15 de março e perdendo a força nos últimos três dias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.