24/Mai/2023
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se disse favorável ao projeto da Ferrogrão, ferrovia EF-170 que deve ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA) com 933 quilômetros de trilhos e que correrá paralela à rodovia BR-163, em direção ao Norte do País. Ele afirmou que acredita que é preciso trazer competitividade e produtividade ao setor. O Brasil não pode ficar refém de pouca logística ou de um modal só. A integração entre os modais é assim no mundo inteiro.
A construção da Ferrogrão foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente por polêmicas ambientais, já que ela cortará a reserva de Jamanxim, no Pará. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, enviou um ofício à Advocacia Geral da União (AGU) pedindo que o órgão revise a decisão de construção da ferrovia. Guajajara argumenta que, segundo a Constituição brasileira, a supressão de áreas protegidas só é permitida através de lei, enquanto a redução do Jamanxim foi determinada por meio de uma Medida Provisória aprovada em 2017 e depois convertida em lei.
Fávaro, por sua vez, alega que não há nada mais sustentável que uma ferrovia. Até 4 mil caminhões por dia poderiam deixar de circular na BR-163 com Ferrogrão, economizando combustível fóssil e melhorando a pegada de carbono da agricultura brasileira. Ainda em termos de logística, perguntado sobre a privatização do Porto de Santos (SP), Fávaro se disse contrário à iniciativa. Para ele, o porto tem que cumprir um papel público e não tornar o País refém do mercado internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.