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11/Dec/2023

PAC Integração: fundo financiará integração regional

A ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, e o presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, apresentaram, na quinta-feira (0712), o PAC Integração (projeto de integração regional da América do Sul, que terá cinco rotas e financiamento de US$ 10 bilhões). Do total, US$ 3 bilhões virão do BNDES; US$ 3 bilhões, do CAF; US$ 3,4 bilhões, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e US$ 600 milhões do Fonplata. O projeto e o pacote de financiamento foram anunciados durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e de Estados Associados, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula e outras autoridades regionais. O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou que os países estão empenhados em fortalecer o processo de integração regional. “Vamos ajudar com financiamento e com estruturação de projetos. Agora há estratégia coordenada”, disse, frisando que a instituição vai participar com cerca de R$ 17 bilhões para os projetos nas cinco rotas de integração.

Simone Tebet informou que, na sexta-feira (08/12) já começaram as tratativas com países sócios dos bancos de fomento envolvidos. Do lado brasileiro, já há recursos assegurados. São 124 obras relacionadas às rotas, que já estão no PAC, portanto com orçamento para serem iniciadas ou continuadas. As rotas de integração são “sonhos de década” e que 11 Estados brasileiros serão beneficiados. Uma das rotas já existe parcialmente na Região Sul. Outras duas rotas (Sul e Capricórnio) podem ser entregues até 2026. A integração regional tem data para começar, mas não tem prazo para terminar. O BNDES afirmou que o projeto prevê estradas, ferrovias, hidrovias, pontes. O BNDES vai financiar projetos da fronteira brasileira para dentro. Outros bancos vão financiar da fronteira para fora. Além disso, os valores aportados pelo banco de fomento brasileiro se aplicarão a financiamentos nos próximos três anos. A Rota 1 liga o Amapá, Roraima, Pará e Amazonas à Guiana e à Venezuela. A Rota 2 abrange Pará, Amazonas, Colômbia e Equador. A Rota 3 liga Mato Grosso a Peru, Bolívia e Chile.

A Rota 4 inclui Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, chegando a Argentina, Chile e Paraguai. A rota 5 envolve o Rio Grande do Sul, o Uruguai, o Paraguai, a Argentina e Chile. As rotas 2, 3, 4 e 5 alcançam o Oceano Pacífico. A 5 chega também ao Atlântico. A rota do Oceano Pacífico ao Atlântico, passando pelo Paraguai, já está em andamento. O governo brasileiro está pronto para assinar a ordem de serviço do contorno da ponte entre Brasil e Paraguai, de R$ 400 milhões. A ministra disse que o presidente Lula decidiu sobre rotas de integração regional: são as que interessam ao Brasil. Os países da região concordam em trabalhar pelo incremento do comércio entre as nações e em buscar soluções para desafios como o combate à fome, à miséria e à discriminação. O presidente Lula havia manifestado o desejo de criar, ainda em sua gestão, o maior fundo financeiro de integração da América do Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.