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12/Dec/2023

BASF: energia renovável para reduzir as emissões

A multinacional alemã Basf anunciou que três estações de pesquisa e desenvolvimento da divisão de soluções para agricultura começaram a utilizar energia elétrica de fontes renováveis. A mudança na matriz energética faz parte do plano da empresa para reduzir suas emissões globais de carbono em 25% até 2030, em relação ao dado de 2018, e zerá-las em 2050. A operação brasileira representa apenas 0,6% das emissões de CO2 da companhia. Mas, a empresa mantém uma rigorosa gestão de emissões de carbono e investe em melhoria contínua da eficiência energética. Neste momento, as unidades de Santo Antônio de Posse (SP), Sinop (MT) e Rio Verde (GO) estão sendo abastecidas com energia renovável da Raízen Power.

Até o fim do ano, a planta de pesquisa em Trindade (GO) também passará pela transição. Assim, no primeiro trimestre de 2024, a pegada de carbono das estações de pesquisa no chamado Escopo 2, que diz respeito às fontes de energia, cairá em mais de 90%, segundo cálculos da companhia. A energia fornecida pela Raízen Power conta com a certificação internacional I-REC de energia renovável, reconhecida e recomendada pelo Programa GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol). Na prática, significa que o balanço de carbono relacionado à produção dessa energia é zero. A Raízen Power afirmou que a energia renovável é produzida a partir de diversas fontes, incluindo energia solar, biomassa proveniente do bagaço da cana-de-açúcar, pequenas centrais hidrelétricas e biogás.

A Raízen Power opera mais de 50 plantas de energia elétrica renovável em diversos Estados brasileiros. A empresa é uma das maiores comercializadoras de energia do Brasil em volume, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, e conta com mais de 40 mil clientes conectados em seu portfólio. Na safra 2021/2022, a companhia transacionou 2,2 gigawatt (GW), gerando R$ 1 bilhão em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). A meta é dobrar esse volume até 2030. A Raízen Power destacou que o mercado de contratação livre de energia (em que compradores e vendedores de energia podem negociar as condições) deve beneficiar mais consumidores a partir do ano que vem.

A contratação pelo mercado livre de energia é extremamente competitiva e proporciona uma economia de pelo menos 30% nos gastos com energia em relação aos preços praticados no ambiente regulado. Mirando a neutralidade de carbono em 2050, a Basf aposta em tecnologias para substituir os combustíveis fósseis por eletricidade de fontes renováveis, além de promover programas de melhoria no uso de energia em suas unidades. Sete unidades produtivas na América do Sul fazem parte do programa Triple E (Excelência em Eficiência Energética), cujo objetivo é melhorar índices de consumo de energia e de sustentabilidade das fábricas.

Foram identificadas oportunidades para reduzir as emissões de CO2 na América do Sul em mais de 30% até 2030, mesmo considerando a expectativa de aumento da produção. Desde a sua implementação, em 2015, o programa identificou mais de 610 iniciativas de eficiência energética, sendo que 224 destas já foram implementadas ou estão em fase de implementação. Essas iniciativas representam uma economia esperada de R$ 35,1 milhões por ano e uma redução de emissões de 33,2 mil toneladas de CO2 equivalente por ano para todo o continente. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.