13/Dec/2023
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) calculado pela Mosaic fechou novembro em 0,95, em comparação com 1,1 em igual mês de 2022, o que evidencia relação de troca favorecida nesse momento de fim de plantio da safra de verão (1ª safra 2023/2024) e preparativos para a 2ª safra de milho 2024. Em relação a outubro deste ano, o índice recuou 8%. Os preços dos adubos tiveram queda de 3% no mês, liderada pela ureia (-12%) e seguida pelo KCl (cloreto de potássio), com -4%. O MAP (fosfato monoamônico) subiu cerca de 2% e o SSP (superfosfato) se manteve estável em relação a outubro.
Também considerado para o cálculo do índice, o preço das commodities subiu cerca de 4% em relação ao mês anterior. A alta foi liderada pelo milho (7%), tendo em vista que a preocupação com a janela de plantio da 2ª safra 2024 brasileira está fazendo os preços aumentarem e serem, de certa forma, sustentados em patamares um pouco mais altos do que nos meses anteriores. Em seguida veio a soja, com elevação de 6%, devido à falta de chuva em regiões produtoras do Brasil, que afeta a produtividade da oleaginosa. A cana-de-açúcar e o algodão também tiveram aumentos, de 2% e 1%, respectivamente. No momento, o maior foco do setor é o clima no País, que interfere no término do plantio da soja no Brasil.
As chuvas que precisam acontecer nas regiões produtoras para garantir a produtividade da cultura e sinalizar se a janela da 2ª safra de 2024 poderá ser cumprida. Outro fator levado em conta para o IPCF é o câmbio. O dólar registrou queda de 3,3% e tem reagido melhor em um cenário de menor risco global. Embora o agronegócio não tenha sido diretamente afetado pelo conflito entre Israel e Hamas, o assunto segue no radar, com consequências que a empresa considera pouco previsíveis. Quanto menor o IPCF, maior é o poder de compra de fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.