13/Dec/2023

Segundo a AgroGalaxy, um dos maiores problemas para a 2ª safra de milho de 2024, que começa a ser plantada no início do ano que vem, é o atraso na aquisição de fertilizantes. Cerca de 10% dos insumos que serão utilizados pelos agricultores no plantio do cereal foram adquiridos, enquanto no período equivalente do ano passado a aquisição estava em 30%. Esse atraso na tomada de decisão dos agricultores é preocupante porque os fertilizantes envolvem um percurso logístico mais complicado do que as sementes, que também têm retardo na aquisição este ano.

Os principais fatores por trás desse alongamento são o clima, que levou a um replantio da soja em Mato Grosso e que diminui a janela do milho, e uma queda nos preços dos grãos, em especial do milho, que induz os produtores a economizarem nos gastos com a safra. Ainda assim, mesmo nos piores anos, nunca se observou uma redução muito significativa na área de plantio de milho na 2ª safra, e esse ano não deve ser diferente.

Apesar de uma piora nas condições na Regiões Centro-Oeste e no Norte do Brasil, a Região Sul está em um momento excepcional para o milho, e que é normal que uma região compense as perdas da outra. Em contrapartida, o clima levou a um repique na aquisição de sementes de soja em áreas que necessitaram de replantio em Mato Grosso. O que aconteceu foi que muitas lavouras não conseguiram plantar na época certa e, quando plantadas, tiveram problemas de germinação e não nasceram.

Apesar do aumento na demanda visto pela AgroGalaxy, há relatos de sementeiras que enfrentam problemas de estoques muito elevados de sementes da oleaginosa. O uso de produtos de origem biológica na agricultura brasileira é um caminho sem volta. A utilização desses produtos vem crescendo cerca de 30% ao ano nos últimos cinco anos e deve manter esse crescimento entre 20% e 30% nos próximos. Para além da produtividade, o produtor tem se preocupado com a sustentabilidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.